Selecione um tema para navegar pelo conteúdo
Foram encontrados 16 charges com este tema
O negacionismo climático em nome da economia é um erro estratégico que pode levar países ao isolamento em um momento em que as mudanças do clima estão cada vez mais evidentes, como ilustra a charge de Adão Iturrusgarai. A reflexão é do embaixador André Aranha Corrêa do Lago, presidente designado da COP30.
“Dizem que é muito caro combater a mudança do clima, que não vale a pena, porque vai acontecer de qualquer maneira. Mas não é assim, a ciência nos diz que, com mitigação e adaptação, vamos conseguir reduzir as consequências disso”, defende.
Corrêa do Lado cita, como exemplo, o caso do Rio Grande do Sul. “Certos investimentos de infraestrutura em Porto Alegre poderiam ter diminuído o impacto extremamente negativo das enchentes do ano passado”, conclui.
Às vésperas da COP30, o mundo terá de buscar soluções para amenizar a ausência dos Estados Unidos, um dos maiores emissores do mundo, dos acordos climáticos, avalia Sérgio Abranches, sociólogo, escritor e colunista político.
O presidente Donald Trump, declarou, no início do ano, que o país se retirou do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. A decisão foi justificada pelo suposto impacto econômico do acordo e a necessidade de priorizar a produção de combustíveis fósseis.
“O país precisa ter uma contribuição importante, de liderança, na redução de emissões. Se ele não o faz, os outros usam isso como álibi para também não fazer”, afirma Abranches. “Isso significa que não conseguiremos avançar na questão climática até que o Trump saia do governo.”
A ausência, ilustrada pela charge de Caco Galhardo, coloca em xeque o futuro de debates importantes que devem pautar a COP neste ano, como a transição energética, o mercado de carbono e o financiamento climático.
A insegurança jurídica no setor elétrico afeta consumidores e eleva o chamado Risco Brasil, indicador que reflete a confiança que investidores internacionais têm na economia brasileira.
“As agências reguladoras ficam trocando a regulação a todo momento, o Congresso troca de lei a todo momento”, avalia Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista ao UM BRASIL.
Essas instabilidades regulatórias e legislativas afastam investidores de um setor que tem alto capital intensivo e investimentos com longo prazo de amortização, como mostra a charge de Jean Galvão.
Na opinião de Pires, esse cenário ainda impõem obstáculos para o desenvolvimento “verde” no Brasil, principalmente em um momento em que, globalmente, se discute a importância da transição energética.
Nos últimos dez anos, a agenda climática passou a integrar os debates dos principais blocos econômicos e políticos do mundo — do G7 ao Brics+. No entanto, a palavra “clima” muitas vezes é evitada por questões políticas ou eleitorais, como nas recentes reuniões em Washington D.C., nos Estados Unidos.
“O fato de eles desembarcarem [do Acordo] de Paris não quer dizer que estejam isentos dos fenômenos climáticos, do impacto desse aquecimento global”, adverte Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e conselheira consultiva internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri),
A especialista explica que, ainda que seja evitada, a pauta climática segue pautando as mesas de negociações, como ilustra a charge de Jean Galvão.
“É um assunto estratégico para a nova maneira de viver do século”, explica. “Trata-se de uma discussão política, estratégica, econômica e geopolítica. Porque o clima é uma agenda de desenvolvimento”, conclui Izabella.
“Se vou manter minha floresta em pé, alguém terá de me ajudar a pagar essa conta”, afirma Rafaela Guedes, consultora independente, especialista em energia e senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). A conversa, promovida pelo UM BRASIL, é ilustrada pela charge de Jean Galvão.
Para ela, o governo deve congregar economicidade e impactos sociais positivos à biodiversidade brasileira. “Se quero agregar mais valor, não será açaí, andiroba e copaíba; tenho que pensar nos fármacos, na indústria da beleza, nos celeiros de inovação. Isso, sim, gera mais valor agregado”, diz.
Na opinião de Rafaela, a agenda verde no País requer pragmatismo econômico. “Como posso fazer mais com menos? Como fazer de forma mais econômica, mais competitiva e verde? São esses questionamentos que vão fazer com que o Brasil avance”, avalia Rafaela.
A charge do Alberto Benett desta segunda-feira, ilustra a conversa com Sofia Trombetta, diretora de Pessoas, Saúde e Bem-estar na Arcelor Mittal, siderúrgica centenária do ramo de aço. Para ela, em algum momento, será fundamental revisar a política interna de integridade – os pilares e valores corporativos –, avaliar como estes propósitos se conectam à sociedade e, ainda, entender se estão construídos em uma base de respeito.
A charge do Caco Galhardo é baseada na conversa com a presidente da unidade Future Beverages and Beyond Beer, da Ambev, Daniela Cachich. De acordo com ela, empresas que se esquivam de temas relevantes para a sociedade dificilmente permearão o imaginário coletivo da população. Inclusive, no que diz respeito ao fortalecimento de marca, legado se constrói por meio de ações que impactam positivamente a vida dos cidadãos.
No que diz respeito ao papel da empresa, pôr em prática a pauta ESG significa devolver algo para o entorno em que está inserida. Para Mônica Marcondes, executiva do banco Santander, ainda é cedo para dizer se, no Brasil, o movimento por uma sociedade mais inclusiva, transparente e sustentável vai vingar. “Acho que insistir que o status que o atual vai promover a sustentabilidade é um pouco equivocado”, afirma.
Conversamos com a diretora de Vocalização e Influência do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e integrante do Comitê ESG da FecomercioSP, Valéria Café sobre como o consumidor se tornou mais exigente em relação à forma que as empresas operam. Charge do Adão Iturrusgarai!
A cofundadora e presidente do Instituto Think Twice Brasil, Gabriele Garcia falou ao UM BRASIL sobre o assunto. Na conversa, ela pontua que a ideia de debater, questionar ou politizar os direitos humanos revela que a sociedade ainda não entendeu o real significado dos direitos básicos inerentes a todas as pessoas. Além disso, respeitá-los é o ponto de partida de qualquer nação que almeje ser mais justa e igualitária.
Qual a importância da produção sustentável por parte das empresas para a sociedade?
Conversamos sobre o assunto com a sócia da Mauá Capital para ESG e Novos Negócios e integrante do Comitê ESG da FecomercioSP, Carolina Costa. Na ocasião, ela explica que há muito o que as empresas podem fazer para educar e transformar o próprio ecossistema e suas cadeias de valor, mediante ações financeiras direcionadas a práticas mais sustentáveis.
A charge do Adão Iturrusgarai ilustra a conversa com o escritor, consultor em marketing e designer para sustentabilidade, André Carvalhal sobre o tema. Ele explica que o cuidado com o meio ambiente, as ações sociais e a aderência a condutas exemplares de governança – práticas de ESG – se tornaram questão de sobrevivência no mundo empresarial.
Em entrevista ao UM BRASIL, a CEO da DIMA Consult, Luana Ozemela defende que investir em diversidade gera lucro, traduz o ESG na prática e explica o que pode ser feito para que essa agenda não represente apenas uma “moda passageira” nos investimentos. “Eu não falo em aumentar a representatividade. Eu falo em capitalizar nas diferenças que essa diversidade traz. A diversidade racial e toda a diversidade de experiências e pensamentos que aquela pessoa traz para dentro da empresa, e o que isso pode impactar em desempenho financeiro”.
Na entrevista, Daniela Weitmann, executiva de negócios e chefe do Departamento Digital da DLL fala da necessidade de se criar ambientes onde mulheres, negros e pessoas de perfis distintos se sintam representadas pelas lideranças e possam almejar chegar a estas posições.
O cartunista ilustra a entrevista de Ana Couto, designer especialista em branding, para o UM BRASIL sobre a construção de valor nas empresas e a busca por uma identidade do povo brasileiro: “Nós não temos um valor identificado como único. Temos um país que não tem identidade própria”. Para ela, os principais símbolos do País – futebol, samba e carnaval – foram construídos baseados em problemas muitos sérios, como a desigualdade e a corrupção.
A charge desta semana, do Adão Iturrusgarai, ilustra a conversa sobre sustentabilidade e governança corporativa realizada pelo canal UM BRASIL com o CEO da gestora de ativos BlackRock no País, Carlos Takahashi.
Em entrevista, mediada pela mais nova entrevistadora do UM BRASIL, a jornalista Juliana Garçon, Takahashi ressalta que mesmo a agenda ambiental sofrendo com os desencontros por parte dos governos ao redor do mundo, inclusive o do Brasil, muitas empresas privadas vêm se destacando ao incorporar ações sustentáveis do ponto de vista dos negócios.