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O uso dos recursos naturais da Amazônia precisa ser acompanhado da preservação da floresta, de desenvolvimento tecnológico e científico, e de uma melhora na qualidade de vida das populações locais.
É o que defende Marco Antônio Silva Lima, doutor em Desenvolvimento Socioambiental e professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA), em entrevista ao Canal UM BRASIL e à Revista Problemas Brasileiros – ambas realizações da FecomercioSP. É também com ciência e capacitação da população que o País será capaz de sair da posição de mero distribuidor de commodities para o resto do mundo, defende o professor.
Um bom exemplo disso é a discussão sobre os minerais críticos, entre eles as terras raras, o lítio e o cobalto, ironizados na charge de Alberto Benett. Esses recursos, disponíveis em grande quantidade no Brasil, são alvo de interesses internacionais. “Mas se o Brasil não avançar em ciência, tecnologia e inovação, vai continuar na posição de mero fornecedor de matéria-prima”, completa.
A entrevista com Marco Antônio Silva Lima foi gravada em Belém (PA), no evento Encontros COP30 | Clima, Impacto e Mercado, uma realização da Revista Problemas Brasileiros e da FecomercioSP. em parceria com a Casa Balaio , que contou com o apoio da Aberje e do UM BRASIL.
A COP30 acontece, neste momento, no coração da Amazônia. Se, neste ano, as nações não firmarem compromissos contundentes para frear a crise climática e seus efeitos, ilustrados pela charge de Adão Iturrusgarai, o mundo estará cada vez mais próximo do colapso.
Manter a floresta em pé é um dos caminhos para conter esse cenário que já bate à nossa porta. É o que explica Joanna Martins, sócia-fundadora da Manioca e diretora-executiva do Instituto Paulo Martins, em entrevista à Revista Problemas Brasileiros e ao Canal UM BRASIL – ambas realizações da FecomercioSP.
De acordo com a pesquisadora em cultura alimentar e alimento amazônico, uma das melhores formas de se preservar a Amazônia é agregar valor aos seus ativos naturais e aos saberes locais. Para isso, Joanna cita uma ferramenta poderosa: a bioeconomia.
“Se conseguirmos implementar esse modelo, que é o que eu acredito, nós vamos, consequentemente, manter a floresta. Porque são ativos que vêm da floresta. Nós vamos, inclusive, reflorestar”, explica.
Mas a especialista também pondera que, para que isso aconteça, é preciso que a sociedade se interesse e se engaje. Ela resume: “O resto do País precisa entender melhor o território amazônico, conhecer mais, valorizar mais essa região e essa cultura. E também pensar de forma sistêmica, nunca isolada.”
A conversa com Joanna Martins foi gravada em Belém (PA), no evento Encontros COP30 | Clima, Impacto e Mercado, uma realização da Revista Problemas Brasileiros e da FecomercioSP, em parceria com a Casa Balaio, que contou com o apoio da Aberje e do UM BRASIL.
Na contramão do senso comum, que muitas vezes vê a Amazônia como um bloco homogêneo imerso em devastação, Illana Minev mostra que essa região vem se destacando como um celeiro de inovações.
Em entrevista ao Canal UM BRASIL, ilustrada pela charge de Caco Galhardo, a presidente do Conselho de Administração da Bemol chama a atenção para soluções criadas por empreendedores e comunidades locais.
Infraestrutura e informalidade desafiam os negócios que atuam e buscam serviços na região, mas ainda que haja problemas, também há muita criatividade. Segundo Illana, a nova geração vêm entendendo os principais entraves logísticos e burocráticos para trazer saídas adaptadas a esse ecossistema de negócios singular.
“Temos alocado muito do nosso tempo olhando para essas possibilidades, em busca de empreendedores para investir”, explica. “Esse deve ser o olhar do futuro: buscar soluções locais para ter mais qualidade de vida e fortalecer a economia da Amazônia”, completa.
“A crise climática deixou de ser um problema da ciência. Tudo que a ciência poderia falar sobre o tema já foi colocado. Agora, tornou-se um problema de comunicação.”
A avaliação é de Kelly Lima, sócia-fundadora da Alter Comunicação e idealizadora da Casa Balaio, no painel “Sociedade e Diálogo Climático”, que aconteceu durante o evento Encontros COP30 I Clima, Impacto e Mercado, no último dia 1º, em Belém, ilustrado pela charge de Adão Iturrusgarai.
Na opinião da especialista, o desafio é “traduzir” a questão climática para os tomadores de decisões e o público em geral. “Precisamos explicar em outras palavras, e de outras formas, o que a ciência já vem alertando há anos. Nas empresas, isso equivale a demonstrar os impactos positivos das ações de sustentabilidade e preservação, aplicadas ao universo dos negócios”, completa.
O evento Encontros COP30 foi uma realização da Revista Problemas Brasileiros e da FecomercioSP, em parceria com a Casa Balaio, e também contou com o apoio do Canal UM BRASIL e da Aberje.
Além de Kelly, o painel reuniu Victor Pereira, gerente de Relações Institucionais e Internacionais da Aberje e Mônica Sodré, cientista política, senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), entrevistadora do Canal UM BRASIL e diretora-executiva da Meridiana, com a mediação de Lucas Mota, gerente de comunicação da FecomercioSP.
O negacionismo climático em nome da economia é um erro estratégico que pode levar países ao isolamento em um momento em que as mudanças do clima estão cada vez mais evidentes, como ilustra a charge de Adão Iturrusgarai. A reflexão é do embaixador André Aranha Corrêa do Lago, presidente designado da COP30.
“Dizem que é muito caro combater a mudança do clima, que não vale a pena, porque vai acontecer de qualquer maneira. Mas não é assim, a ciência nos diz que, com mitigação e adaptação, vamos conseguir reduzir as consequências disso”, defende.
Corrêa do Lado cita, como exemplo, o caso do Rio Grande do Sul. “Certos investimentos de infraestrutura em Porto Alegre poderiam ter diminuído o impacto extremamente negativo das enchentes do ano passado”, conclui.
Às vésperas da COP30, o mundo terá de buscar soluções para amenizar a ausência dos Estados Unidos, um dos maiores emissores do mundo, dos acordos climáticos, avalia Sérgio Abranches, sociólogo, escritor e colunista político.
O presidente Donald Trump, declarou, no início do ano, que o país se retirou do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. A decisão foi justificada pelo suposto impacto econômico do acordo e a necessidade de priorizar a produção de combustíveis fósseis.
“O país precisa ter uma contribuição importante, de liderança, na redução de emissões. Se ele não o faz, os outros usam isso como álibi para também não fazer”, afirma Abranches. “Isso significa que não conseguiremos avançar na questão climática até que o Trump saia do governo.”
A ausência, ilustrada pela charge de Caco Galhardo, coloca em xeque o futuro de debates importantes que devem pautar a COP neste ano, como a transição energética, o mercado de carbono e o financiamento climático.
A insegurança jurídica no setor elétrico afeta consumidores e eleva o chamado Risco Brasil, indicador que reflete a confiança que investidores internacionais têm na economia brasileira.
“As agências reguladoras ficam trocando a regulação a todo momento, o Congresso troca de lei a todo momento”, avalia Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista ao UM BRASIL.
Essas instabilidades regulatórias e legislativas afastam investidores de um setor que tem alto capital intensivo e investimentos com longo prazo de amortização, como mostra a charge de Jean Galvão.
Na opinião de Pires, esse cenário ainda impõem obstáculos para o desenvolvimento “verde” no Brasil, principalmente em um momento em que, globalmente, se discute a importância da transição energética.
Nos últimos dez anos, a agenda climática passou a integrar os debates dos principais blocos econômicos e políticos do mundo — do G7 ao Brics+. No entanto, a palavra “clima” muitas vezes é evitada por questões políticas ou eleitorais, como nas recentes reuniões em Washington D.C., nos Estados Unidos.
“O fato de eles desembarcarem [do Acordo] de Paris não quer dizer que estejam isentos dos fenômenos climáticos, do impacto desse aquecimento global”, adverte Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e conselheira consultiva internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri),
A especialista explica que, ainda que seja evitada, a pauta climática segue pautando as mesas de negociações, como ilustra a charge de Jean Galvão.
“É um assunto estratégico para a nova maneira de viver do século”, explica. “Trata-se de uma discussão política, estratégica, econômica e geopolítica. Porque o clima é uma agenda de desenvolvimento”, conclui Izabella.
“Se vou manter minha floresta em pé, alguém terá de me ajudar a pagar essa conta”, afirma Rafaela Guedes, consultora independente, especialista em energia e senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). A conversa, promovida pelo UM BRASIL, é ilustrada pela charge de Jean Galvão.
Para ela, o governo deve congregar economicidade e impactos sociais positivos à biodiversidade brasileira. “Se quero agregar mais valor, não será açaí, andiroba e copaíba; tenho que pensar nos fármacos, na indústria da beleza, nos celeiros de inovação. Isso, sim, gera mais valor agregado”, diz.
Na opinião de Rafaela, a agenda verde no País requer pragmatismo econômico. “Como posso fazer mais com menos? Como fazer de forma mais econômica, mais competitiva e verde? São esses questionamentos que vão fazer com que o Brasil avance”, avalia Rafaela.
A charge do Alberto Benett desta segunda-feira, ilustra a conversa com Sofia Trombetta, diretora de Pessoas, Saúde e Bem-estar na Arcelor Mittal, siderúrgica centenária do ramo de aço. Para ela, em algum momento, será fundamental revisar a política interna de integridade – os pilares e valores corporativos –, avaliar como estes propósitos se conectam à sociedade e, ainda, entender se estão construídos em uma base de respeito.
A charge do Caco Galhardo é baseada na conversa com a presidente da unidade Future Beverages and Beyond Beer, da Ambev, Daniela Cachich. De acordo com ela, empresas que se esquivam de temas relevantes para a sociedade dificilmente permearão o imaginário coletivo da população. Inclusive, no que diz respeito ao fortalecimento de marca, legado se constrói por meio de ações que impactam positivamente a vida dos cidadãos.
No que diz respeito ao papel da empresa, pôr em prática a pauta ESG significa devolver algo para o entorno em que está inserida. Para Mônica Marcondes, executiva do banco Santander, ainda é cedo para dizer se, no Brasil, o movimento por uma sociedade mais inclusiva, transparente e sustentável vai vingar. “Acho que insistir que o status que o atual vai promover a sustentabilidade é um pouco equivocado”, afirma.
Conversamos com a diretora de Vocalização e Influência do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e integrante do Comitê ESG da FecomercioSP, Valéria Café sobre como o consumidor se tornou mais exigente em relação à forma que as empresas operam. Charge do Adão Iturrusgarai!
A cofundadora e presidente do Instituto Think Twice Brasil, Gabriele Garcia falou ao UM BRASIL sobre o assunto. Na conversa, ela pontua que a ideia de debater, questionar ou politizar os direitos humanos revela que a sociedade ainda não entendeu o real significado dos direitos básicos inerentes a todas as pessoas. Além disso, respeitá-los é o ponto de partida de qualquer nação que almeje ser mais justa e igualitária.
Qual a importância da produção sustentável por parte das empresas para a sociedade?
Conversamos sobre o assunto com a sócia da Mauá Capital para ESG e Novos Negócios e integrante do Comitê ESG da FecomercioSP, Carolina Costa. Na ocasião, ela explica que há muito o que as empresas podem fazer para educar e transformar o próprio ecossistema e suas cadeias de valor, mediante ações financeiras direcionadas a práticas mais sustentáveis.
A charge do Adão Iturrusgarai ilustra a conversa com o escritor, consultor em marketing e designer para sustentabilidade, André Carvalhal sobre o tema. Ele explica que o cuidado com o meio ambiente, as ações sociais e a aderência a condutas exemplares de governança – práticas de ESG – se tornaram questão de sobrevivência no mundo empresarial.
Em entrevista ao UM BRASIL, a CEO da DIMA Consult, Luana Ozemela defende que investir em diversidade gera lucro, traduz o ESG na prática e explica o que pode ser feito para que essa agenda não represente apenas uma “moda passageira” nos investimentos. “Eu não falo em aumentar a representatividade. Eu falo em capitalizar nas diferenças que essa diversidade traz. A diversidade racial e toda a diversidade de experiências e pensamentos que aquela pessoa traz para dentro da empresa, e o que isso pode impactar em desempenho financeiro”.
Na entrevista, Daniela Weitmann, executiva de negócios e chefe do Departamento Digital da DLL fala da necessidade de se criar ambientes onde mulheres, negros e pessoas de perfis distintos se sintam representadas pelas lideranças e possam almejar chegar a estas posições.
O cartunista ilustra a entrevista de Ana Couto, designer especialista em branding, para o UM BRASIL sobre a construção de valor nas empresas e a busca por uma identidade do povo brasileiro: “Nós não temos um valor identificado como único. Temos um país que não tem identidade própria”. Para ela, os principais símbolos do País – futebol, samba e carnaval – foram construídos baseados em problemas muitos sérios, como a desigualdade e a corrupção.
A charge desta semana, do Adão Iturrusgarai, ilustra a conversa sobre sustentabilidade e governança corporativa realizada pelo canal UM BRASIL com o CEO da gestora de ativos BlackRock no País, Carlos Takahashi.
Em entrevista, mediada pela mais nova entrevistadora do UM BRASIL, a jornalista Juliana Garçon, Takahashi ressalta que mesmo a agenda ambiental sofrendo com os desencontros por parte dos governos ao redor do mundo, inclusive o do Brasil, muitas empresas privadas vêm se destacando ao incorporar ações sustentáveis do ponto de vista dos negócios.