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Economia e Negócios

A Amazônia brasileira é um celeiro de soluções e empresas inovadoras

Publicado em: 24 de outubro de 2025

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

Mônica Sodré

EM POUCAS PALAVRAS...

O que você vai encontrar nesta entrevista?

  • De acordo com llana Minev, investidora-anjo e presidente do Conselho de Administração da Bemol, Amazônia é um celeiro de empresas inovadoras. Ela chama a atenção para inovações encabeçadas pelas comunidades locais que vêm surgindo na região.
  • Os desafios do planejamento logístico na Amazônia, em especial nos períodos de seca, não são poucos. “Quando os rios esvaziam, a gente tem um problema muito grande”, explica. Para além da infraestrutura, a informalidade também é um entrave aos negócios que atuam e buscam serviços na região, resume. 
  • Mas, ainda que haja grandes problemas, também há muita inovação. Segundo a investidora-anjo, a nova geração de empreendedores da Amazônia vêm entendendo os principais entraves logísticos e do mercado laboral da região para trazer soluções adaptadas a esse ecossistema de negócios

A Amazônia é um celeiro de empresas inovadoras, defende Ilana Minev,  investidora-anjo e presidente do Conselho de Administração da Bemol, empresa especializada em comércio varejista no Amazonas. 

Em entrevista ao Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, Ilana chama a atenção para inovações encabeçadas pelas comunidades locais que vêm surgindo na região.

“Temos alocado muito do nosso tempo olhando para essas possibilidades, em busca de empreendedores para investir”, explica a presidente. 

Questão logística 

  • Transporte na Amazônia. Os desafios do planejamento logístico na Amazônia, em especial nos períodos de seca, não são poucos. “Quando os rios esvaziam, a gente tem um problema muito grande. É preciso fazer compras mais cedo, engessar o capital de giro, dispor de um espaço e alugar um centro de distribuição adicional”, explica. 
  • Prazos e jogo de cintura. A logística interior, de acordo com Ilana, é um ponto de atenção. Em casos de entregas com tempo estimado, por exemplo, muitas empresas não conseguem fazer o produto chegar ao cliente dentro do prazo. “Na hora que o rio não está lá, que é a nossa rodovia, não  conseguimos entregar. Então, temos um cliente insatisfeito”, completa. Esse contexto singular, na visão de Ilana, demanda muito planejamento e jogo de cintura por parte dos empreendedores. 
  • Impasses do mercado de trabalho. Para além da infraestrutura, a informalidade também desafia os negócios que atuam e buscam serviços na região, resume. “Quando começamos a vender para o interior [da Amazônia], usávamos os barcos que faziam esse trajeto. O pequeno empreendedor trabalha em situação de informalidade e não tem como emitir nota fiscal. Mas nós somos uma empresa grande e precisamos disso”, explica Ilana.

Inovações locais 

  • Sob o olhar das comunidades locais. Mas, ainda que haja grandes problemas, também há muita inovação. Segundo a investidora-anjo, a nova geração de empreendedores da Amazônia vêm entendendo os principais entraves logísticos e do mercado laboral da região para trazer soluções adaptadas a esse ecossistema de negócios — que é diferente de qualquer outro. 
  • Inovação e meio ambiente. Ilana cita, como exemplo, a empresa REMATA Agroflorestal, localizada no município amazonense de Careiro, cujo foco é a restauração de áreas degradadas, transformando essas culturas em fonte de renda. “Não se trata de olhar apenas para o crédito de carbono, mas também para como gerar renda e trabalho a essas comunidades que ficam no território. É mais amplo do que o reflorestamento”, diz. 
  • Soluções logísticas. Sobre a questão do uso dos rios como transporte na região, a presidente da Bemol também cita mais uma empresa local que vem buscando soluções e superando a informalidade. “A Navegam é, inclusive, uma startup amazônica que começou com venda de passagens desses barcos. Hoje, o negócio tem se especializado em fazer essa carga”, lembra. 

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