Não haverá uma grande guinada política em 2018, diz Ricardo Sennes
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Em entrevista ao UM BRASIL em parceria com o site InfoMoney, o economista e cientista político Ricardo Sennes fala sobre o possível cenário político para as próximas eleições de 2018.
Na conversa com Marcos Mortari (InfoMoney) e Humberto Dantas (UM BRASIL), ele observa que a atuação do Congresso no Brasil é muito forte, e um presidente sem capacidade de liderança acaba sendo engolido por ele. O baixo grau de mudança do perfil dos políticos no Congresso é visto pelo especialista como desfavorável para uma guinada política em 2018.
“Pode até ter uma oscilação maior nas eleições presidenciais, o risco de um populista de direita ou esquerda, mas no Congresso a estimativa é que mude de 55% a 60% dos nomes, e o perfil vai ser muito próximo [do modelo atual]”, diz Sennes. O cientista político alerta ainda para os possíveis presidenciáveis outsiders (indivíduo que não pertence a um grupo determinado) e questiona como essas pessoas, caso sejam de fato candidatos à presidência, farão coalizões.
“Os governos que foram mais ou menos bem-sucedidos foram os que conseguiram montar uma coalizão. Então, imaginar que um outsider que caiu das nuvens vai ser um salvador da pátria… Esse cara vai enterrar o País. Ele gera uma estagnação, um empate que no presidencialismo você não tem como sair”, explica Sennes.
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