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ESG

ESG é a transformação para que as empresas continuem existindo no futuro

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Publicado em: 18 de fevereiro de 2022

ENTREVISTADOS

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Joyce Ribeiro

As empresas da atualidade precisam passar por uma transformação da qual não podem se esquivar se quiserem continuar existindo no futuro. De acordo com André Carvalhal, escritor, consultor em marketing e designer para sustentabilidade, o cuidado com o meio ambiente, as ações sociais e a aderência a condutas exemplares de governança – práticas condensadas na sigla ESG – se tornaram questão de sobrevivência no mundo empresarial.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Carvalhal afirma que a pauta ESG está avançando, principalmente no âmbito das grandes empresas, por causa do quesito financeiro.

“Hoje, a Bolsa valoriza este tipo de negócio, e o mercado financeiro está cada vez mais atento a isso. E eu sou procurado por empresas que me falam isso declaradamente: ‘O meu acionista espera que eu implante políticas de sustentabilidade’”, conta o escritor, autor de quatro livros nas áreas de Moda, Comportamento e Sustentabilidade.

De acordo com Carvalhal, as empresas perceberam que ações de preservação ambiental, inclusão social e de governança se tornaram um pilar fundamental para a perpetuação dos negócios.

“A primeira onda do discurso de sustentabilidade era muito sobre preservar os golfinhos, as tartarugas. Depois, preservar as pessoas, os seres humanos. Agora, o discurso é sobre preservar as empresas, dar sustentabilidade a elas”, diz o consultor.

Na avaliação de Carvalhal, a motivação financeira por trás da pauta ESG não deve ser vista de forma negativa, pois, sem isso, dificilmente seriam envidados os mesmos esforços.

“Vejo que, quando bate no bolso, a vontade de transformar acaba ganhando mais fôlego”, diz. “Não acho que isso seja necessariamente ruim, porque se isso motivar mudanças verdadeiras, profundas e estruturais, que bom que existe uma motivação”, complementa.

De todo modo, Carvalhal, receoso de que ações ESG se tornem modismo, salienta que é preciso reconhecer e valorizar os negócios verdadeiramente comprometidos com o movimento, o qual é capaz de construir uma sociedade mais inclusiva e atenta ao modo como utiliza os recursos naturais.

“Adoraria que tivesse sido pelo amor, mas pelo menos estamos vendo as mudanças acontecerem. Agora, precisamos identificar a verdade destas transformações. O ruim é quando vira moda. No meio disso, vemos muito oportunismo e greenwashing [maquiagem verde]”, destaca o escritor.

Assista à entrevista na íntegra e se inscreva no Canal UM BRASIL!

(Foto: Francisco Cherchiaro)

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