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Educação e Cultura

Quanto melhor forem as pessoas, melhor será a publicidade

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Jaime Spitzcovsky Entrevistador(a)
Publicado em: 6 de setembro de 2018

ENTREVISTADOS

Trabalhar com publicidade, assim como em qualquer outra atividade profissional, é sempre melhor na democracia do que em um regime autoritário. Isso não significa, entretanto, que não se enfrente censura em tempos de expressão livre, de acordo com o publicitário Washington Olivetto.

Em entrevista ao UM BRASIL, ele diz que a área, hoje, enfrenta “a obsessão pelo politicamente correto e a pressão das redes sociais”, embora não discorde que a opinião dos consumidores deva ser ouvida.

Morando em Londres desde o fim de 2017, Olivetto ressalta que o brasileiro é muito receptivo a ideias novas, por isso o País é um dos melhores lugares do mundo para criar campanhas de marketing. Contudo, destaca que somente com melhor educação – não necessariamente universitária – é que serão feitas peças de nível intelectual mais elevado e que promovam a diversidade do povo brasileiro.

“A verdade é a seguinte: a publicidade é criada, aprovada e veiculada por pessoas. Quanto melhor forem as pessoas, melhor será a publicidade”, afirma.

Olivetto salienta que, em um período econômico desfavorável como o atual, somente as empresas mais estabelecidas tendem a manter investimentos em marketing, de modo que as demais procuram cortam gastos com ações desse tipo. Esse cenário, segundo ele, não é novidade para o mercado publicitário nacional.

“A publicidade brasileira é a que mais entende de crise no mundo, porque nós já tivemos todas as possíveis e imagináveis, inclusive crises de prosperidade”, comenta. “Vale a pena ser próspero em um lugar onde muitos são prósperos. Aliás, anos atrás eu falava que só os publicitários gostavam mais de uma boa distribuição de renda do que os sociólogos de esquerda”, completa.

Famoso por diversas campanhas premiadas, Olivetto se manteve firme, durante toda a carreira, ao ideal de nunca trabalhar com marketing político, área na qual diz não gostar do que vê. “Eu, particularmente, acho que o marketing político deveria ser, em qualquer lugar do mundo, basicamente informação, e não persuasão”, declara.

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