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Mais do que só um voto: com educação política, eleitores compreendem o seu grande papel no processo democrático

DEBATEDORES | Ana Julia Bernardi Arnaldo Landi

O engajamento político, movido pela sociedade civil, tem se mostrado cada vez mais fundamental para que o País decida o formato da democracia que quer moldar para as próximas gerações, bem como para saber a forma de enfrentar os temas urgentes e transversais do presente – por exemplo, a emergência do clima e a desigualdade. A educação política também tem sido essencial para que os eleitores compreendam que a existência dos seus direitos básicos está totalmente atrelada ao seu papel na cidadania, e que esta função não se encerra na urna.

O Canal UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, em parceria com o Movimento Voto Consciente, apresenta uma nova série de debates e entrevistas para avaliar as principais maneiras que a educação política se manifesta na sociedade, inclusive no ambiente corporativo.

Na primeira gravação, o canal reuniu para o debate Ana Julia Bernardi, doutora em Ciência Política, e Arnaldo Landi, fundador da Engeform, empresa de engenharia e construção.

Ana explica que a educação política se trata, dentre outros pontos, da conscientização de que todos precisamos participar ativamente do processo democrático e entender o papel de cada um como eleitor. “É com isso que poderemos compreender a nossa motivação ao votar e participar das instituições, assim como demandar os nossos direitos coletivamente por meio de manifestações políticas, tanto partidárias quanto pelas organizações da sociedade civil”, reforça.

Em seu doutorado, Ana realizou pesquisas diretas com jovens para inferir como enxergam os aspectos gerais da democracia. Segundo a cientista política, eles se interessam pelo assunto, mas este não “dialoga” com os jovens.

Ana ainda explica que, quando perguntou a esses jovens se consideravam de qualidade a educação que recebiam, os que responderam negativamente ressaltaram as faltas de professores e de infraestrutura escolar. “Isso faz com que a primeira política pública com a qual têm acesso (a educação) falhe com eles, gerando um descontentamento generalizado com a política, como se fosse algo com a qual não valesse a pena se envolverem. Felizmente, podemos mudar esta situação com a educação política”, frisa.

Landi, por sua vez, explica como a Engeform implementou uma ação voltada à educação política para seus empregados. Houve um trabalho de formação de embaixadores da empresa, em parceria com o Movimento Voto Consciente, focado no funcionamento das instituições nacionais, bem como em sua história política. Estes embaixadores têm a função de propagar o aprendizado aos demais funcionários da companhia, nos canteiros de obras de vários Estados. “Os empregados percebem que a política está no dia a dia, na família, no colégio, no bairro, nas reuniões e associações de bairro etc.”

Ele menciona que um dos ganhos de todo o processo é tornar o debate, como um todo, mais respeitoso, tendo em vista que as pessoas se tornam mais propensas a entender o posicionamento ideológico do outro e, também, que podem discordar entre si.

Assista à entrevista na íntegra e se inscreva no Canal UM BRASIL!

Educação política

A série é composta por um conjunto de cinco debates com empresários, gestores organizacionais, cooperativas, Organizações Não Governamentais (ONGs), órgãos públicos e especialistas da área para conhecer a maneira como este universo estimula as pessoas a se envolverem com os processos representativos de forma mais informada e compromissada com o exercício da cidadania.

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