UM BRASIL UM BRASIL MENU conheça o um brasil
Voltar
ANTERIOR PRÓXIMO
 
Sustentabilidade

UM BRASIL discute desenvolvimento sustentável e atual agenda ambiental do País

  • COMPARTILHAR
Publicado em: 8 de dezembro de 2017

MEDIAÇÃO

Denis Russo Burgierman

As decisões a respeito da governança ambiental no Brasil causam desconforto, segundo análise da ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Ela participa de debate do UM BRASIL, mediado por Denis Russo, ao lado do secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.

A entrevista é uma parceria entre o UM BRASIL e o Brazil Forum UK, uma conferência anual organizada por estudantes brasileiros de pós-graduação de universidades do Reino Unido, como a Universidade de Oxford, a LSE, o King’s College, entre outras. Ela cita o caso da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), área com mais de 4 milhões de hectares, entre os Estados do Amapá e do Pará, que teve a extinção revogada após ser alvo de críticas de ambientalistas e também de outros setores da sociedade. Izabella afirma que o País não pode dar sinais contraditórios com relação ao desmatamento, por exemplo.

“Toda decisão tomada hoje está determinando o futuro que nós vamos ter. É isso que está na pauta. Porque nós não podemos mais errar.” A ex-ministra chama a atenção para a fragmentação e degradação das florestas e diz que existe uma agenda técnico-cientifica-social importante que não está no mundo político. “Se nós queremos ser o maior produtor de alimentos do mundo, temos que agarrar essa agenda de uma maneira inovadora, não falando de passado, mas de futuro”, explica Izabella.

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, ressalta que as crises política e econômica passam, mas a climática permanece. “Deveríamos estar progredindo no sentido de sustentabilidade nos seus três pilares: social, ambiental e econômico em equilíbrio”, diz. Rittl afirma que áreas abandonadas e degradadas podem ser utilizadas para produção de alimentos no Brasil com uma agricultura mais eficiente. Além disso, o País deveria explorar o potencial de energias renováveis, mas as agendas socioambiental e climática estão sendo comprometidas por questões políticas.

“Meio ambiente virou moeda de troca hoje por votos no Congresso para proteção do governo federal”, destaca.No encontro, Izabella Teixeira frisa que o País precisa ser mais rápido e eficiente, pois existe uma expectativa sobre o papel do Brasil em relação ao assunto. “O mundo lá fora está andando muito rápido, e a sensação que eu tenho é que o Brasil virou as costas para o mundo, onde o meio ambiente é soft power para o País. No entanto, apesar de todos os problemas, o Brasil tem um papel de protagonismo não só para si, mas para o mundo. Há uma expectativa de que o País ‘agarre’ essa agenda como referência em relação à qualidade do seu desenvolvimento”, afirma Izabella.

ENTREVISTADOS

CONTEÚDOS RELACIONADOS

Economia e Negócios

Brasil encontra dificuldade para gerar receita acima dos gastos 

Para Silvia Matos, do ‘Boletim Macro IBRE’, País está no negativo há mais de dez anos

ver em detalhes
Internacional

Brasil e mundo vivem uma nova era geopolítica e tecnológica 

De acordo com o cientista político Carlos Melo, a reorganização das forças globais deu origem a uma nova era “pós-Ocidente”

ver em detalhes
Economia e Negócios

Na reforma do Estado brasileiro, foco deve estar no cidadão e no controle de gastos 

Segundo Marcos Lisboa, ex-presidente do Insper, e Felipe Salto, sócio da Warren Investimentos, é preciso superar o modelo federativo, que se esgotou

ver em detalhes

Quer mais embasamento nas suas discussões? Siga, compartilhe nossos cortes e participe do debate!

Acompanhe nossos posts no LinkedIn e fique por dentro
das ideias que estão moldando o debate público.