Mudança de identidade nacional pode gerar valor ao País
ENTREVISTADOS
MEDIAÇÃO
Diante das mudanças da autoimagem do cidadão brasileiro, a conhecida “síndrome de vira-lata” talvez precise ser repensada. Este e outros insights foram os resultados captados por uma pesquisa realizada pela agência Ana Couto, destaca a especialista em branding e CEO da empresa, Ana Couto, em entrevista ao Canal UM BRASIL – uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Na conversa com Renato Galeno, Ana explica que a identificação do País foi captada pela união de três frentes, por meio de uma metodologia aplicada a uma região . “O branding é o alinhamento do que a marca é, o que faz e como fala. O ‘é, faz e fala’ é o que gera a diferenciação o valor. Pegamos o método que decodifica o valor das organizações e trouxemos ao Brasil”, diz.
A dicotomia entre o Brasil e o cidadão – que deixou claro que, a despeito de ser horrível morar no País, é maravilhoso ser brasileiro – praticamente é inexistente quando ele é questionado a respeito de símbolos como a bandeira nacional e a camisa da seleção. “É impressionante a identidade ligada ao futebol, algo em comum à maioria da população”, comenta.
A pesquisa ainda destaca a falta de conexão com o mundo, a falta de planejamento e as brigas internas (polarização) como desafios a serem superados. Em contrapartida, 65% veem o Brasil como uma potência tecnológica, e 58%, como potência artística, enquanto 65% apostam na Nação como uma potência ecológica para o mundo.
“Descrevemos o Brasil como um país festeiro, alegre, acolhedor, criativo e trabalhador. Estes são atributos que ninguém mais tem. São diferenciais competitivos que devemos abraçar intencionalmente, porque é o que nos diferencia, traz valor. Devemos abraçar as potencialidades e tornar isso um papel público, privado, de cidadania, de todos, para começar a ter uma visão de longo prazo”, afirma Ana.

ENTREVISTADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS
Economia e Negócios
Sem conhecimento científico, os recursos naturais não viram riqueza
Professor Marco Antônio Silva Lima, da Uepa, fala dos desafios econômicos e sociais da Amazônia
ver em detalhes
Entrevista
Bioeconomia desafia cultura das commodities no Brasil
Joanna Martins, sócia-fundadora da Manioca e diretora-executiva do Instituto Paulo Martins, defende que o País deve aprender a transformar recursos em valor
ver em detalhes
Entrevista
Os legados histórico e cultural de D. Pedro II
Historiador Leandro Garcia comenta relação do imperador com a literatura e critica atraso no processo de abolição
ver em detalhes