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Educação e Cultura

BRASIL PRECISA SUPERAR DÉFICIT DE CIDADANIA

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Humberto Dantas Entrevistador(a)
Publicado em: 12 de julho de 2024

ENTREVISTADOS

“É sobre a gente olhar para o espelho, reconhecer que temos um déficit de cidadania e precisamos evoluir”, afirma o empreendedor social Gabriel Marmentini. 

Para ele, a saída é a educação política. É por isso que ele se dedica a essa pauta na Politize!, organização suprapartidária da sociedade civil que promove a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia através da educação política.  

Marmentini defende que a transformação de indivíduos em cidadãos é um processo que ocorre quando a sociedade se engaja, faz sua voz ser ouvida e passa a querer resolver problemas públicos. 

A entrevista sobre os desafios e benefícios da educação política no País foi promovida pelo Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)

Essa é a segunda entrevista de Gabriel Marmentini ao Canal UM BRASIL. Em setembro de 2022, ele participou de um debate sobre educação política com a Ana Costa, vice-presidente jurídica da Natura &Co América Latina.

Formação de cidadãos favorece empresas 

Marmentini defende que a educação política não é voltada apenas para a política institucional, para parlamentares e assessores, por exemplo. Ela é útil e necessária em qualquer âmbito da sociedade. 

Para o diretor-presidente da Politize!, as empresas só têm a ganhar com a educação política. A formação de indivíduos em cidadãos transforma positivamente o ambiente de trabalho.  

“Um funcionário mais capacitado, mais cidadão e não um indivíduo, com certeza vai gerar benefícios para o seu dia a dia de trabalho, com mais competência técnica, capacidade de diálogo, interesse pelo bem público, capacidade de trabalhar em equipe, de saber ouvir melhor”, explica Marmentini. 

Para ele, a dinâmica das empresas, que envolve equipes, metas, processos, códigos e regras,  tem tudo a ver com as competências tratadas no âmbito da formação política. 

“Tem “n” competências que a gente trata mais na Politize!. Cidadania, política e democracia são boas para o ser humano. E o ser humano trabalha em uma organização X, Y ou Z”, justifica. 

“Muita gente dentro desses espaços que precisa do que a gente faz. Só que a gente precisa ser convidado para esses espaços. A gente precisa ser visto como parte da solução”, explica, em referência ao trabalho realizado pela Politize!

Cenário da educação política hoje 

Marmentini acredita que a penetração da educação política em organizações privadas, com fins lucrativos, não é simples. Para ele, outras agendas acabam ganhando mais espaço. 

“Acho que determinadas agendas têm uma penetração mais fácil, são mais fáceis de convencer. É mais sabido que o problema público existe e, portanto, a empresa faz um papel, tanto de filantropia ou de trazer ações programáticas para os seus colaboradores”, afirma. 

Após quase uma década dedicada à educação política, Marmentini avalia que poucas organizações têm agendas voltadas a essa pauta institucionalmente. 

“Acho que tem um amadurecimento ainda a ser feito das organizações privadas, voltadas ao lucro, de entrar nesse mundo da educação política com mais segurança, tranquilidade e interesse mesmo”, conclui. 

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