Brasil criou uma geração de jovens que questiona a política, dizem especialistas
ENTREVISTADOS
MEDIAÇÃO
Desde 2013, o Brasil vive um período social turbulento porque os cidadãos passaram a questionar a política, avaliam os professores Oscar Vilhena, diretor do curso de Direito da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), e Luciana Yeung, coordenadora dos cursos de graduação do Insper. Em entrevista ao UM BRASIL, Vilhena diz que o comportamento dos jovens de hoje é fruto dos direitos estabelecidos pela última Constituição Federal.
“Começamos a ver a abertura desse olho do furacão em 2013, quando a garotada foi para a rua. Todo o pacto que fizemos em 1988 criou uma nova geração de brasileiros que acredita que tem direitos.”
Para Yeung, esse movimento se choca diretamente com a crítica de que até pouco tempo o brasileiro não se interessava por política. “Agora temos o voto, a organização das ruas e mais uma coisa nova que é a tecnologia. O espaço digital tem se tornado muito importante para uma participação maior das pessoas [na política]”, diz a doutora em economia.
Segundo Vilhena, esse “processo social de questionamento e ruptura não é linear e não é suave” e, com isso, o Judiciário foi abastecido com uma série de ferramentas novas, como a delação premiada. Para os professores, o Judiciário só terá condições de assumir um novo papel na sociedade através de um aperfeiçoamento de sua gestão, para dar celeridade aos processos.
ENTREVISTADOS


CONTEÚDOS RELACIONADOS

Discussão climática ganhou espaço na geopolítica internacional
Izabella Teixeira, conselheira consultiva internacional do Cebri, afirma que o clima é uma agenda de desenvolvimento no mundo todo
ver em detalhes
Para transformar a realidade brasileira, é preciso transformar o Estado
Em debate promovido pelo UM BRASIL e Movimento Pessoas à Frente, especialistas discutem os impasses da agenda da Reforma Administrativa no País
ver em detalhes
Transição energética precisa ser viável economicamente
Pragmatismo é necessário para transformar modelo brasileiro de energia e atrair investidores, opina Rafaela Guedes, ‘senior fellow’ do Cebri
ver em detalhes