Fim do desmatamento pode ser considerado um vetor de desenvolvimento
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Os senadores e deputados federais brasileiros precisam trabalhar para fortalecer a relação entre economia e sustentabilidade, segundo ressalta Ana Toni, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), na terceira entrevista da série comemorativa de 500 entrevistas do Canal UM BRASIL – uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
“Ainda não fizemos este trabalho, mas acabar com o desmatamento fará o Brasil cumprir o que prometemos na nossa legislação, no plano nacional de mudanças do clima, assim como a promessa feita à comunidade internacional, no Acordo de Paris”, afirma.
O financiamento é parte do caminho para o cumprimento de medidas de mitigação nos países em desenvolvimento. Por isso, Ana cita o descumprimento por parte dos países desenvolvidos da meta quantificada coletiva de US$ 100 bilhões por ano.
“O mundo desenvolvido tem colocado, em média, US$ 84 bilhões nos últimos dois anos, muito aquém da promessa. Resta aos países desenvolvidos fazerem a sua parte, pois esta é a mínima contribuição que esperamos deles, seja de dinheiro público, seja de dinheiro privado, porque o planeta inteiro precisa ser descarbonizado”, frisa.
Em entrevista à cientista política Mônica Sodré, a diretora-executiva do iCS explica que o problema não é a falta de dinheiro, mas “convencer os norte-americanos e europeus da necessidade de colocar os recursos para a cooperação internacional”.
“Acabar com o desmatamento no Brasil cumpriria a lei e também traria investimentos, além de fazer com que as populações locais (indígenas, ribeirinhas e urbanas do Cerrado) consigam ter uma vida melhor. Cuidar da sustentabilidade, do clima, da floresta, é bom para o planeta, para o Brasil e para os brasileiros, porque vai ser um vetor de desenvolvimento”, conclui.
Foto: Divulgação
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