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Internacional

Brasileiro imagina erroneamente que País é aberto

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“O brasileiro imagina que o Brasil é um país aberto para o mundo, mas, definitivamente, não é.” A afirmação é do doutor em Direito Internacional e pós-doutor em Direito Natural, George Niaradi. “A China, embora tenha um regime político bem característico, está aberta ao mundo. Ela vai a outros países, investe, adquire empresas. Enfim, cria um sistema produtivo local naquele outro país em benefício próprio”, contrapõe, durante debate com o mestre em Relações Internacionais e professor de cursos de MBA do Ibmec Tanguy Baghdadi.

Durante encontro promovido pelo UM BRASIL em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o Ibmec, os dois especialistas avaliam que um dos principiais desafios para o Brasil nas relações internacionais é a inserção nacional nos tempos atuais com uma agenda ampla que permita articular sobre assuntos diversos e concretizar novas parcerias.

Veja também outra entrevista da série:
Quem precisa ganhar com a política externa é a sociedade

“O ideal é que o Brasil consiga falar sobre diversos assuntos, como comércio, integração regional, reforma das organizações interacionais, meio ambiente e direitos humanos, além de conseguir se articular com países emergentes, como os do Brics [bloco que une Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], e que isso não impeça, de forma nenhuma, o Brasil de se aproximar de países centrais, como Estados Unidos e Europa”, afirma George Niaradi.

No debate, mediado pelo jornalista Jaime Spitzcovsky, Tanguy Baghdadi complementa: “O Brasil deveria investir em uma relação bilateral com cada um desses países e ter laços institucionais, porque poderíamos nos beneficiar de fundos criados com recurso chineses e indianos, por exemplo”.

Baghdadi destaca que o Mercosul também pode ser mais bem explorado pelo Brasil. Ele considera decepcionante a atuação do bloco em seus 27 anos de existência e acredita que o grupo poderia ser fortalecido em diversas bases.

“O projeto original do Mercosul era liberal (ou seja, quanto mais comércio, melhor), mas, no meio do caminho, passamos a ter um projeto diferente, de integração política. Agora, vivemos um momento de voltar à perspectiva liberal. O problema são as constantes mudanças de planos. Até hoje não sabemos exatamente aonde o Mercosul quer chegar”, critica.

Niaradi apoia o Mercosul sem ideologia, com ênfase no objetivo original do bloco. “Está no texto de lei a expectativa de se criar um mercado comum e que sejam superados os entraves ao livre-comércio, ao mercado comum dentro do bloco, mas são expectativas que demandam uma costura interna em cada País e também com os demais parceiros”, completa.

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