Fazer reforma educacional é um propósito moral
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Fazer uma reforma educacional no Brasil para que as futuras gerações tenham boas formações é mais do que uma necessidade, é um propósito moral. Essa é a visão do educador e pesquisador britânico Michael Barber.
“O século 21 é uma era fantástica para os que tiveram uma boa educação e um lugar assustador para os que não tiveram. Os subempregos estão desaparecendo, e quando existem, pagam muito pouco”, explica o especialista em debate promovido pelo UM BRASIL.
A conversa contou com a participação do jornalista Leandro Beguoci, da professora de Estudos Organizacionais, Poder e Política Organizacional e Decisão e Negociação do Insper, Patrícia Tavares, e do gerente de políticas públicas educacionais da Fundação Lemann, David Boyd.
Barber, que participou de reformas em diferentes áreas no Reino Unido, entende o desafio de implementar um novo currículo nacional em um país extenso e com uma série de diferenças regionais como o Brasil.
Para ele, embora a configuração brasileira dificulte a implementação de políticas universais sob um ponto de vista federal, a diversidade de Estados e cidades permite que novos modelos sejam postos em prática.
Como exemplos, ele cita a redução da taxa de homicídios em Pernambuco e a reforma educacional feita em Minas Gerais. “Seja o que estiver acontecendo no Brasil como um todo, sempre haverá uma cidade ou um Estado que está fazendo um trabalho fantástico. É um experimento constante”, diz.
O pesquisador e também fundador e presidente da Delivery Associates, empresa de consultoria que trabalha com governos e outras organizações para gerar melhores resultados para os cidadãos, diz que há várias formas de mudar políticas públicas com base em sistemas federais. Uma delas é por meio de ações do governo, e outra é quando alguns Estados e países mostram um caminho e os demais tentam segui-lo. “São todos aspectos positivos da diversidade”, aponta Barber.
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