Professor de Harvard considera fundamental rever gastos com pagamento de pensões
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Entre várias observações, o economista Filipe Campante, professor de Políticas Públicas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos aponta a necessidade urgente de rever o pagamento das pensões, cuja soma, no caso brasileiro, chega a se igualar ao que é gasto em países demograficamente mais velhos.
“O Brasil gasta muito com pensões, em uma porcentagem do PIB que é da mesma ordem do que a França, sendo que a população do Brasil é muito mais jovem. E a França, obviamente, é um dos maiores exemplos de Estado de bem-estar social”, diz o analista de política econômica da Harvard Kennedy School. Mas Campante frisa as dificuldades para avançar e promover reformas que mudem o cotidiano dos envolvidos.
“Óbvio que se deveria diminuir um pouco esse gasto porque vai resolver problemas lá na frente. Então vamos tomar as medidas para fazer isso.Vamos cortar as pensões? Mas e os velhinhos? E os direitos adquiridos?” Para o especialista, a saída envolve escolhas duras, como as realizadas pelos sul-coreanos há alguns anos. “O conhecimento econômico, nesse aspecto, ensina que as escolhas sociais são inerentemente complicadas porque você terá perdedores e ganhadores.”
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