O jurista aponta que “o Estado é lento, moroso e custoso; suga e desvia muito dinheiro” e que “os governantes não pensam em termos de nação”. Segundo Luiz Flávio Gomes, “o poder público está mancomunado com o poder econômico, que o compra na hora da eleição e só atende aos próprios interesses; quem tem mais influência leva mais”. De outro lado, ele destaca que os cidadãos, muitas vezes, também não cumprem seus deveres, como o motorista que não respeita sinais, bebe e dirige, não cumpre o dever de ressarcir danos, como os familiares que se tratam com descaso no dia a dia, como a sociedade que tolera as crianças fora da escola. Em entrevista ao jornalista Adalberto Piotto, o jurista também aborda questões como a descrença nas instituições, a corrupção e o comprometimento da população diante dos problemas nacionais. Para Luiz Flávio Gomes, “somos uma cópia da Europa do início do século passado: uma sociedade de massa, que não respeita normas, hierarquias e poderes instituídos”.
