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Sociedade

Atual planejamento urbano prejudica cotidiano nas grandes cidades

Fecomercio-SP
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Publicado em: 20 de fevereiro de 2019

Cidades projetadas sem um olhar atento às reais necessidades dos cidadãos prejudicam o cotidiano de todos. Em entrevistas ao UM BRASIL, especialistas criticaram os planejamentos urbanos que beneficiam a cultura do automóvel em vez de promover praticidade e comodidade aos habitantes.

O arquiteto e urbanista dinamarquês Jan Gehl enfatiza que a arquitetura dominante na construção de metrópoles pelo mundo no século passado não levou em conta a vida social e a saúde das pessoas, privilegiando apenas as formas dos prédios. Esse tipo de pensamento ergueu edifícios distantes uns dos outros.

“Brasília é interessante, porque é incrível a vista do avião. E, lá embaixo, onde as pessoas estão, ao nível do olho, ela não é nada bonita. E os construtores não pensaram nas pessoas nas ruas, nas pessoas entre os prédios. Apenas fizeram os prédios, então, sobrou um espaço entre eles, daí chamaram alguns paisagistas para fazer uma jardinagem. Demoramos 50 anos para provar realmente que esse tipo de planejamento urbano não é humanístico”, explica.

A diretora do Departamento de Planejamento de Gestão Ambiental da Prefeitura de Joanesburgo, Flora Mokgohloa, acredita que os planejadores das cidades do mundo precisam reavaliar o modo como os municípios foram construídos para promover a inclusão de todas as pessoas que utilizam as ruas. A própria prefeitura da capital da África do Sul tem incentivado uma mudança de mentalidade entre os engenheiros para que pensem nas pessoas em primeiro lugar ao construir uma rua.

Flora acredita que a escolha de candidatos políticos com propostas inclusivas pode causar mudanças consideráveis, pois o que vimos até agora foi o favorecimento do tráfego de veículos particulares nas vias das cidades, em uma tentativa populista de ganhar o apoio dos eleitores, o que reduz a atividade econômica da localidade.

“Quanto mais carros na rua, mais engarrafamento e menos produção. As pessoas devem escolher um governo que promova inclusão – uma inclusão que deve ser sustentável também. Um governo que espalhe oportunidades de todos os tipos: sociais, econômicas, ambientais ou sustentáveis”, afirma.

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