Setor financeiro precisa quebrar o paradigma da desconfiança
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A demanda por serviços financeiros no Brasil, principalmente nas regiões interioranas, é grande, mas, para que as soluções sejam aceitas, é necessário quebrar o paradigma da desconfiança que varejistas e consumidores têm em relação ao setor, avalia o sócio e chefe de políticas públicas da Stone, Bernardo Piquet.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma iniciativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ele conta que a Stone, fintech de soluções financeiras para o varejo, conseguiu crescer ao criar um “elo de confiança” para “transformar a vida do pequeno e médio varejista”.
“A partir do momento que decidimos ir à rua, começar a oferecer os nossos serviços e interagir com os clientes em potencial, [percebemos que] havia uma desconfiança muito grande com os serviços financeiros de pagamento, uma falta de entendimento e conhecimento, e [os clientes] não estavam conseguindo olhar aquela oferta como uma oportunidade de fazer os negócios crescerem”, relata. “Eles enxergavam quase como um mal necessário. Tivemos de quebrar esse paradigma da desconfiança”, complementa.
Segundo Piquet, a empresa ganhou credibilidade ao se pôr à disposição do cliente para elucidar dúvidas e resolver dificuldades. Hoje, 86% dos casos são resolvidos em uma ligação, cujo tempo de espera para ser atendido não passa de quatro segundos.
“Autenticidade e empatia são dois pilares importantes na construção da confiança. Soma-se a isso um produto que, de fato, atenda à necessidade do cliente, que resolva um problema. Assim, você tem, na minha leitura, um primeiro vínculo de relação de confiança. E você o preserva ao longo do tempo com consistência e recorrência nas entregas”, sintetiza o empresário.
Diante do crescimento da Stone no mercado de maquininhas de pagamento, Piquet comenta que, mais do que se apegar a números, a empresa pensa no cliente. “As conversas do dia a dia da companhia são 100% voltadas a saber como fazemos para resolver a vida do empreendedor médio brasileiro”, ressalta.
A entrevista é parte de uma série fruto de parceria do UM BRASIL com a Brazilian Student Association (BRASA).
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