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Economia e Negócios

Pandemia acelerou transformação digital que demoraria dez anos no Brasil

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Renato Galeno Entrevistador(a)
Publicado em: 17 de dezembro de 2021

ENTREVISTADOS

Como investidores ao redor do mundo têm se preparado para o futuro dos negócios? Para a empreendedora, investidora e educadora Camila Farani, sem dúvida alguma, já estamos vivendo a era da economia de baixo contato (low touch economy), incluindo muitas empresas que tiveram de se adaptar às restrições no modo de operar. Contudo, nada substituirá o contato humano, de modo que o varejo físico não morrerá, afirma.

“Ele irá evoluir. A pandemia pegou um movimento que estava acontecendo muito fortemente na Europa e nos Estados Unidos e deu ‘saltos quânticos’ para o mundo. Isso quer dizer que as pessoas aprenderam, cada vez mais, a usar o digital. É uma mudança irreversível”, enfatiza.

Segundo ela, o Brasil poderia demorar cerca de dez anos para alcançar esta evolução, mas a pandemia encurtou a mudança para um ano e meio. “O que podemos extrair disso tudo é o fato de que a economia de baixo contato leva mais comodidade, conveniência e eficiência para consumidores, usuários, alunos e clientes. [A partir disso,] o papel das empresas é pensar, cada vez mais, em como fazer isso por estas pessoas em qualquer lugar do mundo.”

Outro ponto que a investidora comenta, na entrevista, é sobre a maneira como a situação econômica do Brasil tem impactado os aportes de investidores em companhias e startups nacionais. Camila pontua que, para além do cenário macroeconômico, o mercado de venture capital e de investidores-anjo segue um movimento anticíclico, conforme mapeado por 18 anos consecutivos pela indústria de capital de risco, no mundo. Em outras palavras, este mercado não acompanha a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de um país. Com isso, os investimentos são realizados visando mais ao longo prazo e à sustentabilidade da companhia.

“Ao longo do ‘longo prazo’, quando a empresa tem uma base muito sólida – do ponto de vista do negócio e dos fundadores, da capacidade de resistir a frustrações, de levantar um negócio, de mover uma equipe e de gestão de talentos –, isso faz com que períodos de crises sejam superados, já que elas são cíclicas. Se o empreendedor ‘raiz’ sabe que sempre passará por estes momentos, com impasses mais ou menos profundos, e está acostumado a uma série de variações e de vulnerabilidades o tempo todo, ele fica menos suscetível dos pontos de vista técnico e emocional”, conclui.

A entrevista faz parte da série UM BRASIL e BRASA EuroLeads – um novo olhar sobre o Brasil, com apoio da Revista  Problemas Brasileiros (PB) e realização da FecomercioSP.

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