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Economia e Negócios

Empreendedorismo social com padrão corporativo atrai investidores

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Publicado em: 6 de novembro de 2018

ENTREVISTADOS

As empresas são atraídas para investir ou vincular seu nome em instituições sociais que tenham uma estrutura corporativa. O empreendedor social Pedro Werneck fala em entrevista ao UM BRASIL que essa lógica é o pilar do Instituto da Criança, responsável por auxiliar cerca de 600 instituições.

Na entrevista, realizada em parceria com a Expert XP por Renato Galeno, o cofundador e presidente do instituto afirma que os investidores procuram aportar recursos em projetos que passem a imagem de credibilidade e transparência. “Criamos um programa de governança para levar a empreendedores [sociais] conhecimentos que deem qualificação para deixar a organização dentro dos padrões corporativos pelos quais as empresas estão habituadas a enxergar seus parceiros”, explica.

A necessidade de se organizar para fazer parcerias com a iniciativa privada tem como base a sobrevivência e a manutenção de ações sociais que impactam positivamente na vida das pessoas menos favorecidas.

Werneck acredita que os empreendedores sociais são pessoas comuns com uma capacidade maior de agir e mudar uma realidade ao conhecerem ambientes hostis. No caso do Instituto da Criança, ele destaca que os empreendedores sociais estão à frente de creches, abrigos e centros comunitários em diversas comunidades. “Eles oferecem educação e alimentação, protegendo o indivíduo na infância ou na adolescência para que ele cresça de uma forma melhor do que teria na rua”, diz.

O Instituto da Criança foi criado formalmente em 1998 justamente após Werneck conhecer de perto a história de Flordelis dos Santos. A moradora do Rio de Janeiro cuidava de 45 crianças em situação de risco na comunidade carente do Jacarezinho e serviu de inspiração para Werneck e seus irmãos.

“Independentemente do papel do Estado, que deve existir e ser cobrado, a sociedade também tem sua responsabilidade com o seu semelhante. É preciso agir. Não podemos apenas ter a gratidão como fim. A gratidão tem que servir como início para um processo de exercício da solidariedade”, completa.

Acompanhando de perto esse cenário, Werneck presencia mudanças: há dez anos, as empresas não empenhavam esforços para apoiar causas sociais e, atualmente, elas têm uma área específica para isso. “Quando vou nas empresas, converso com departamentos, com responsáveis pela sustentabilidade da empresa, pela responsabilidade social corporativa. Isso é um caminho sem volta. Quanto mais se faz, mais se percebe que é bom para todo mundo.”

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