O ensino nas escolas brasileiras é determinante para o futuro das gerações. Justamente por isso a má qualidade da educação brasileira tem sido uma preocupação. Para o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, a solução é priorizar a educação para fortalecer a formação básica.
Em entrevista ao UM BRASIL, o especialista alertou que, ao fim do quinto ano escolar, apenas um terço das crianças sabem matemática no nível esperado para o período e, menos da metade, tem o conhecimento de língua portuguesa que deveriam.
“Na fase em que as crianças estão na escola, deveríamos garantir que todas conseguissem aprender”, ressaltou. O resultado deste cenário é a chegada dos alunos ao Ensino Médio sem o conhecimento necessário, com estimativas alarmantes apontando para um grau de analfabetismo em 40% dos formandos. Isso tem reflexos diretos no Ensino Superior, uma vez que as universidades recebem os estudantes nessa condição de despreparo.
Mizne argumenta que somente com mudanças em larga escala na gestão de aprendizagem, bem como com a implementação de uma cultura baseada na discussão das práticas entre os educadores, pode surtir efeito na busca por ensino de base de qualidade. É preciso um investimento maciço na formação de melhores gestores educacionais. A educação brasileira precisa de boas lideranças e de projetos cuja base sejam um estímulo”, disse.