UM BRASIL UM BRASIL MENU conheça o um brasil
Voltar
ANTERIOR PRÓXIMO
 
Economia e Negócios

Combate às carências e desigualdades deve ser motor do crescimento

  • COMPARTILHAR
Publicado em: 30 de julho de 2019

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

Erica Fraga

No Brasil, perdemos a percepção de que há carências e desigualdades não só quanto à renda, mas no acesso a saneamento, saúde pública, educação e transporte. Há desigualdade, inclusive, na maneira como as cidades estão organizadas. Em entrevista ao UM BRASIL, plataforma mantida pela FecomercioSP, a economista Laura Carvalho faz essa análise e ressalta ainda que as carências no País são tão profundas que não é possível, em sua visão, pensar em um modelo de expansão econômica que não tenha no centro essas lacunas como o próprio motor de crescimento.

“Eu não concordo com a visão que coloca determinados setores da indústria como motor de crescimento. A gente não deve pensar no modelo de crescimento de longo prazo olhando para um setor específico ou outro. Acho que temos de olhar para as nossas carências e tentar mobilizar todos os recursos possíveis para supri-las”, comenta. “E, de alguma maneira ao fazer isso, também desenvolver tecnologias ligadas a vários setores”. Para ela, a participação dos bancos públicos na mobilização produtiva para dar conta dessas carências é importante.

Na entrevista, Laura explica como seu livro Valsa brasileira: do boom ao caos econômico faz uma análise dos erros que o País cometeu nesta década nas agendas econômicas, tanto a fiscal – por meio de ajustes e cortes profundos nos gastos durante a crise econômica –, quanto na forma como a população é tributada. Ela diz que a Reforma Tributária que o governo tem colocado em debate constantemente não é um bom ponto de partida.

“O problema mais gritante do nosso sistema tributário é que ele é altamente regressivo e faz com que todo o esforço de distribuição de renda se torne inócuo, com altas alíquotas de imposto sobre o consumo e a produção; e baixas alíquotas de imposto sobre a renda e o patrimônio”, critica.

Ela também explica os acertos da oposição em conseguir retirar da Reforma da Previdência as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ainda a idade mínima de contribuição, que, segundo ela, prejudicariam sobretudo as mulheres mais pobres, que ficam muito tempo no mercado informal, que cuidam dos filhos e que saem do mercado de trabalho por um tempo.

ENTREVISTADOS

CONTEÚDOS RELACIONADOS

Economia e Negócios

Brasil encontra dificuldade para gerar receita acima dos gastos 

Para Silvia Matos, do ‘Boletim Macro IBRE’, País está no negativo há mais de dez anos

ver em detalhes
Internacional

Brasil e mundo vivem uma nova era geopolítica e tecnológica 

De acordo com o cientista político Carlos Melo, a reorganização das forças globais deu origem a uma nova era “pós-Ocidente”

ver em detalhes
Economia e Negócios

Na reforma do Estado brasileiro, foco deve estar no cidadão e no controle de gastos 

Segundo Marcos Lisboa, ex-presidente do Insper, e Felipe Salto, sócio da Warren Investimentos, é preciso superar o modelo federativo, que se esgotou

ver em detalhes

Quer mais embasamento nas suas discussões? Siga, compartilhe nossos cortes e participe do debate!

Acompanhe nossos posts no LinkedIn e fique por dentro
das ideias que estão moldando o debate público.