O avanço da tecnologia é benéfico por otimizar o tempo na execução de diversas atividades, e entrevistados afirmaram ao UM BRASIL que essas ferramentas vão influenciar a economia e o mercado de trabalho em todo o mundo.
Para o chefe de Estudos de Ciência e Tecnologia do Fórum Econômico Mundial, Thomas Philbeck, a intensidade do impacto causado pelo avanço das tecnologias vai depender da ação de diferentes setores da sociedade.
“O impacto pode ser drástico, e claro que muita coisa vai depender de regulamentações, governos, indústrias, sociedade civil e de como todos esses elementos trabalharão juntos para decidir como lidar com essas tecnologias e como elas serão desenvolvidas de acordo com os valores culturais e éticos de cada nação em particular.”
Na análise do embaixador e secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, apesar de novas tecnologias como blockchain e inteligência artificial auxiliarem no processo de crescimento econômico, elas podem provocar de certa forma uma retórica protecionista, principalmente nas intenções de mercado de trabalho.
“Os empregos são perdidos em função de novas tecnologias, do aumento de produtividade, entre outros motivos, mas não se trata de rejeitar as novas tecnologias. Nós devemos abraçar essas novas tecnologias e encontrar maneiras de lidar com ela”, diz.
O gerente-geral para a unidade de Global Technology Services da IBM América do Norte, Rodrigo Kede, concorda que a “inteligência artificial vai mudar todas as profissões e todas as indústrias” e ainda afirma que as relações entre os cidadãos e as instituições serão transformadas pela tecnologia, assim como o empreendedorismo e a gestão das cidades.
“No Brasil, todos têm smartphones, o que dá acesso a bancos, compras, opiniões, trânsito. A tecnologia está servindo para democratizar a relação entre cidadão e governo e entre consumidor e empresa”, explica.