Entrevistados falam sobre como tecnologia pode melhorar gestão pública
Fundamental para os desenvolvimentos econômico e social do País, uma boa gestão pública envolve gasto equilibrado dos recursos financeiros e aprimoramento constante dos serviços. Esses fatores poderiam ser melhorados se o setor público se apropriasse de determinadas tecnologias e ideias desenvolvidas e experimentadas no setor privado.
“Quando vemos que no setor privado há uma tecnologia que está sendo muito bem empregada, é o momento de assumir o risco. Se há algo comprovado de que está funcionando bem, é hora de trazer e empregar de uma maneira gradativa, usar um projeto-piloto para demonstrar, mostrar a eficácia, e, aos poucos, isso se torna uma diretriz”, diz o analista de infraestrutura do Ministério do Planejamento, Willian Bueno e Silva, em debate promovido pelo UM BRASIL em parceria com a Columbia Global Centers.
A mestre em Engenharia de Transportes e em Gestão Pública, Rafaela Dias Romero, afirma que, enquanto no setor privado a eficiência está associada a aumento de lucros, no setor público existe uma preocupação com a qualidade de vida do cidadão. “Tem de entregar o melhor de acordo com o recurso que se tem. O setor público deve sempre buscar realizar uma gestão eficiente.”
“Eficiência é poder atender a população de uma forma ainda melhor. Há um novo elemento nessa equação, que não é o financeiro, mas o impacto social – impacto na qualidade de vida, na autonomia, na redução dos riscos sociais. É preciso identificar e implementar as soluções que vão tornar o sistema como um todo mais eficiente”, completa o coordenador de social impact bonds da Sitawi Finanças do Bem, Rafael Palma Ribeiro.
O assunto foi tema também do encontro feito com os Lemann Fellows Guilherme Lichand, diretor-executivo da MGov Brasil – plataforma de avaliação de políticas públicas –, e Guilherme de Almeida, diretor de inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Ambos concordam que o uso de soluções tecnológicas tornaria as políticas públicas mais eficazes e eficientes. O debate é resultado de parceria com o Laboratório de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (LAB FGV).
“Não existe uma tecnologia que vai chegar a todos. Precisamos promover múltiplos canais. Quem quer participar online tem que poder, quem quiser canais analógicos tem que poder e o face a face tem que continuar existindo. O cidadão tem de participar da maneira que achar mais adequada”, afirma Lichand.
Para fortalecer a inovação na gestão pública, é preciso ocorrer uma mudança na cultura das repartições e no posicionamento organizacional dos servidores, de acordo com Almeida. “O desafio é que a inovação não necessariamente depende de um alto nível de tecnologia. Depende de inteligência, alocação adequada de recursos e ferramentas, metodologias e de conseguir extrair o melhor que se tem com poucos recursos”, explica Almeida.
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