Abram Szajman é considerado um dos homens de negócios mais bem-sucedidos e influentes do País, sendo fundador da Vale Refeição (VR), empresa referência no mercado de refeições conveniadas.
A infância no multicultural Bom Retiro — os pais vieram da Polônia para o Brasil em 1933 e se instalaram no bairro paulistano marcado por receber imigrantes —, foi fundamental para a formação do caráter do empresário, conhecido pelo hábito de ouvir opiniões, pela coragem de tomar decisões, pelo pragmatismo de delegar e pela responsabilidade de cobrar. Uma de suas principais qualidades é a habilidade para congregar mentes talentosas.
O pai trabalhava com costura de roupas. Aos dez anos, após concluir o curso primário, começou a trabalhar como office-boy na malharia do tio. Aos poucos, virou uma espécie de “faz-tudo” da loja. Conforme aprendia as coisas com o tio e avançava no estudo de técnicas de comércio, utilizava os novos conhecimentos para ajudar o pai, à noite, a organizar a oficina de confecções que mantinha no porão de casa. Os anos de trabalho na empresa familiar serviram de aprendizado para, mais tarde, criar o próprio negócio.
Tomou posse como presidente da FecomercioSP em 1984, numa solenidade com a presença de mais de 3 mil pessoas, dentre elas o então presidente da República, João Baptista Figueiredo. Foi também empossado presidente dos Conselhos Regionais do Sesc do Senac no Estado de São Paulo. Tão logo assumiu, pôs em prática um plano de reestruturação para a contenção drástica de custos. A medida permite ao Sesc ampliar as atividades de cultura, esportes e lazer, bem como ao Senac estender amplamente a área de atuação na formação profissional. O Centro Universitário forma, anualmente, 500 mil pessoas. No Sesc, são 2,5 milhões de frequentadores mensais.
Com os bons resultados atingidos à frente das entidades do comércio, o empresário conquista projeção nacional. Em 1988, foi cogitado como candidato a prefeito de São Paulo, mas não aceitou. Em 1992, foi convidado para chefiar a Secretaria da Administração da capital paulista. Corintiano, em 2002, o seu nome é aventado para a presidência do clube.
O papel de transformação social do Senac e o caráter socioeducativo das ações do Sesc foram pensados por Abram Szajman como uma alavanca para melhorar a qualidade de vida das pessoas – muitas delas não alcançadas por políticas públicas. A estratégia foi justamente levar as unidades para perto das casas dos usuários, que dificilmente dispunham de facilidades para utilizá-las. A ideia é levar benefícios para a população que ali vive e circula, oferecer a oportunidade de crescimento pessoal, maior participação social e acesso aos bens culturais.
A discrição é uma de suas marcas pessoais. Homem metódico e de hábitos simples, aos domingos lê os principais jornais e revistas. Não se considera uma pessoa religiosa, mas vai à sinagoga, respeita as datas e as celebrações judaicas para manter as tradições e preservá-las na família, que, por sinal, cresceu — hoje, são três filhos e dez netos.
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