Empresa estará “fora do jogo” se não der importância ao social do ESG
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Atualmente, investidores já exigem, “na primeira página” dos relatórios das empresas, não apenas as ações de sustentabilidade voltadas à agenda ESG, mas também as sociais – a maneira como se cria valor à marca. “Criar valor precisa trazer propósito, e isso envolve pessoas. Se as pessoas não estiverem antenadas ou não entenderem o ecossistema [da companhia], isso deporá contra a marca”, defende Rachel Maia, CEO da RM Consulting – consultoria especialista em diversidade e inclusão –, e autora do livro Meu caminho até a cadeira número 1.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Rachel explica que, mais do que treinar funcionários para o ESG, é preciso de letramento na corporação. “O treinar é aprimorar em algo novo, uma nova habilidade. O letrar é pegar parte da sua experiência, desconstruir e reconstruir neste processo que estamos vivendo e que engloba negócios, timing e pessoas”, salienta.
O letramento é um processo o qual exige paciência e pede para que não se pulem etapas, diz. “Contudo, existe a necessidade de se acelerar. E esta cobrança está vindo não apenas dos executivos, mas dos investidores. Caso a empresa não entenda a mensagem, não dá nem para ‘andar lateralmente’, ela sai do jogo.”
Rachel também pondera que as empresas precisam ter metas ambiciosas de diversidade nos cargos de liderança, de forma que se atualmente a companhia não possui perfis distintos nos altos escalões, então, é preciso criar cotas. “Não dá mais para se ter uma mesa de negociação que não conte com nenhuma mulher. Esta cota se trata da criação de um porcentual [de diversidade]. Se há dez cadeiras, então, a empresa precisa separar duas e ir ampliando nos anos seguintes, com um plano de longo prazo”, enfatiza. “As metas precisam ser agressivas [neste sentido]”, conclui.
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