Século 21 deve ter educação transformadora
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É preciso desenvolver uma infraestrutura científica para incentivar os estudantes a terem ideias inovadoras. O entendimento é do cofundador da Ashoka, Bill Carter. Em entrevista ao UM BRASIL, ele fala ao jornalista Leandro Beguoci e ao presidente da ONG Emerge, Guilherme Rosso, que, hoje, as empresas buscam por jovens com esse perfil.
“Um dos maiores desafios no setor da educação é como criar uma força de trabalho no século 21 que seja fluente em ciências e tenha habilidades transformadoras. Assim, não será preciso esperar que a pessoas completem 21 anos ou mais para juntar todos esses elementos”, diz.
Sobre o fortalecimento da Ashoka, organização internacional fundada em 1980 nos Estados Unidos, com foco em empreendedorismo social, Carter afirma que os investidores brasileiros foram os grandes impulsionadores. O especialista afirma que os investidores apareceram após a organização internacional provar que existem por todo o mundo pessoas preparadas para atuar na área.
“Houve investidores filantropos brasileiros, pessoas dedicadas ao setor privado, que nos viram e, literalmente, vieram à nossa porta. Foi então que saímos dos pilotos na Índia e na Indonésia, na Ásia, e conseguimos elevar a Ashoka em nível mundial. Foi graças aos brasileiros que conseguimos nos lançar de verdade”, lembra Carter.
Carter afirma que o modelo do empreendedorismo social foge do padrão ao qual as pessoas estão acostumadas, pois é mais complexo. Ele diz ainda que os interessados em apoiar esse tipo de projeto são os mesmos que investiram na indústria do conhecimento no século 21, na revolução digital.
“Com as inovações da ciência ligadas à tecnologia, o caminho é maior, há mais etapas para cumprir. Um dos fatores que começamos a ver são investidores mais pacientes. Está surgindo um mercado de pessoas que querem se reunir para conhecer coisas novas. O conceito é investir no diferente”, afirma.
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