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Política

Crise política gera transformação no modelo brasileiro

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Pedro Nery
Pedro NeryJornalista

A crise política na qual o Brasil está mergulhado desde o início da Operação Lava Jato, em 2014, culminou em um momento de transformações nas quais alternativas são apontadas para que o modelo brasileiro evolua e atenda às necessidades da sociedade.

Em debate promovido pelo UM BRASIL, o copresidente do Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP Paulo Delgado fala que a possível falta de renovação do Congresso brasileiro nas próximas eleições pode gerar uma crise no futuro. Para o cientista político, caso isso ocorra, o cenário para o Parlamento será negativo em razão da ausência de legitimidade.

“Nós poderemos ter a maior não renovação da história do Congresso Nacional. O parlamento é velho, e o único personagem que pode desequilibrar o jogo é o presidente da República”, analisa.

O economista da FecomercioSP e sócio da FFA Consultoria, Fábio Pina, enfatiza que a grande quantidade de pré-candidatos à presidência reforça a incerteza política e em nada colabora para o crescimento econômico. “Nenhum candidato é tão bom quanto o seu discurso. Essas incertezas podem minar todo o progresso que a gente fez com a política econômica mais liberal”, diz.

O cientista político e superintendente executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, concorda que, atualmente, há uma crise da democracia representativa no mundo e acredita na possibilidade de renovação da política no Brasil sob o risco da crescente descrença eleitoral.

“Há a dimensão da representação: é uma crise política que tem a ver com o fato de que a sociedade, em grande medida, não se vê bem representada nas instituições clássicas da democracia representativa [partidos, congressos e parlamentos, por exemplo] tal como ela se desenvolveu a partir do século 19”, observa.

Para o sociólogo, cientista político e ambientalista Sérgio Abranches, os partidos em si estão parando de fazer sentido, já que, à medida que a sociedade se atualiza, a política continua analógica.

“Duvido que os partidos sobrevivam ao processo de digitalização geral da sociedade. O partido era uma forma de organizar ideias analógicas em blocos e plataformas que permitiam que as pessoas identificassem cada uma. É uma transição profunda, radical e absoluta, o fim do mundo tal como nós conhecemos”, explica.

Na visão do professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) José Eduardo Faria, o modelo de política estatal não é mais visto como único e mais importante pelos novos agentes de ação da sociedade, especialmente os jovens.

“Antes, os meus alunos interessados em política iam para a atividade parlamentar. Nos últimos 15 anos, esses jovens querem atuar em organizações não governamentais, coletivos ou organismos multilaterais”, diz.

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