Entrevistados do UM BRASIL discutem os desafios da crise política no País
A crise política brasileira, marcada por protestos contra o governo, escândalos de corrupção e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, continua em debate no decorrer de 2018, ano eleitoral. Esse é um dos temas mais polêmicos nas entrevistas do UM BRASIL, canal que traz uma série de discussões com especialistas sobre o assunto.
Entre os desafios expostos nesse momento, o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti destaca a maneira ineficaz que o Estado atua. Segundo ele, o Estado não deveria estar envolvido em atividades empresariais nem subsidiar grupos privados.
“O Estado brasileiro faz muita coisa que ele não deveria fazer e não faz aquilo que seria mais indispensável e que a Nação demanda, que é atender às necessidades básicas, elementares, da cidadania”, diz.
Para o historiador britânico e brasilianista Kenneth Maxwell, a superação dessa situação passa por reformas, principalmente a política, o que inclui a necessidade de novos personagens na liderança do País. Maxwell analisa que encontrar lideranças nas novas gerações é um problema que afeta o Brasil e outros países, como a Inglaterra e os Estados Unidos.
“É inacreditável pensar que um novo governo está composto quase totalmente por homens de mais de 70 anos, que participam da política há 20, 30 anos”, critica.
A cientista política e professora de pós-graduação da FESPSP Mônica Sodré entende ser necessário o fortalecimento de movimentos de renovação política no Brasil, ainda mais atualmente, quando o País vive um momento polarizado.
“Estamos num mundo cada vez mais rápido, impaciente, conectado, com disseminação de notícias falsas. Acredito que a democracia precisa se adaptar a um contexto mais complexo do que quando ela surgiu, até do ponto de vista da representação”, observa.
O servidor público federal, professor voluntário da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e copresidente do Frente Favela Brasil, Derson Maia, afirma que a democracia, por permitir a valorização das liberdades individuais, constitui a melhor forma de fazer política e representar os cidadãos.
“Movimentos que forçam a institucionalidade do governo a se abrir à transparência pública pulverizam o poder, de modo que as pessoas participem ativamente da política”, explica.
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