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Economia e Negócios

Empresário precisa se descolar do cenário atual e olhar à frente

Publicado em: 20 de março de 2020

ENTREVISTADOS

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Ao longo de sua trajetória profissional, Isaías de Oliveira criou uma certeza, que serve de motivação durante momentos de crise econômica: “O empresário não pode ver o ciclo do momento, ele tem que estar sempre olhando à frente, sempre otimista, e transmitindo esse otimismo”, afirma o presidente da Chiquinho Sorvetes, em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP.

Assim como muitos brasileiros que começam a empreender, Oliveira entrou no mundo dos negócios totalmente despreparado: aos 18 anos, por causa de seu pai, ele abriu uma sorveteira em Frutal, no interior de Minas Gerais, sem saber nada sobre o doce gelado. Passados 40 anos, aquele pequeno estabelecimento se transformou em uma franquia com 500 lojas, que atendem 2 milhões de clientes por mês — uma história de sucesso incomum em um país onde 25% das empresas fecham suas portas menos de dois anos depois de serem abertas, principalmente por falta de planejamento.

Se houve despreparo no início, a evolução da franquia, segundo Oliveira, se deveu a muita pesquisa e investimento para encontrar soluções de problemas específicos do seu tipo de negócio, como a criação de uma rede logística própria. Sem isso, analisa o empreendedor, a expansão do negócio teria sido inviável.

“É muito bom crescer? É, é ótimo. Só que ou o empresário acompanha esse crescimento com muito investimento, para atender a essa demanda, ou então a operação dele está condenada ao fracasso”, garante.

O presidente da Chiquinho Sorvetes diz que vê a Reforma Tributária como absolutamente necessária para a melhora do ambiente de negócios no Brasil. “Se o governo conseguisse desonerar o mercado para que os empreendedores conseguissem investir mais, como facilitador… É o que estamos precisando. Nós, empreendedores, estamos fazendo nossa parte, dando nossa contribuição.”

No início de uma propagação internacional da franquia de sorveterias, Oliveira pontua, porém, que nem tudo são flores em outros países. “Nos Estados Unidos, são muitos processos, muitos quadradinhos, a implantação é muito difícil — fazer a reforma do prédio, do salão, [demanda] muitos arquitetos, muita engenharia. Aqui [no Brasil], não. Em compensação, lá a parte burocrática, de impostos, é muito mais fácil. É preciso entender o mercado para não cometer erros.”

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