UM BRASIL UM BRASIL MENU conheça o um brasil
Voltar
ANTERIOR PRÓXIMO
 
Política

Benefício social deve ser objetivo de inovações do setor público

Publicado em: 28 de novembro de 2016

A inovação no setor público e a otimização de sua gestão passam por se apropriar de ideias desenvolvidas e experimentadas no setor privado, mas com o objetivo de causar um benefício social, e não apenas redução de custos e ganhos de eficiência. Essa visão está presente no debate promovido pelo UM BRASIL, em parceria com a Columbia Global Centers, com o analista de infraestrutura do Ministério do Planejamento, Willian Bueno e Silva, a mestre em Engenharia de Transportes e em Gestão Pública, Rafaela Dias Romero, e o coordenador de Social Impact Bonds da Sitawi Finanças do Bem, Rafael Palma Ribeiro.

De acordo com Silva, a aversão ao risco é maior no setor público do que no privado. Dessa maneira, soluções inovadoras tendem a ser empregadas, inicialmente, em companhias privadas, para depois serem utilizadas nos órgãos públicos. “Quando vemos que no setor privado já tem uma tecnologia que está sendo muito bem empregada, esse é o momento de assumir o risco. Se há algo comprovado de que está funcionando bem, é o momento de trazer e empregar de uma maneira gradativa, usar sempre um projeto-piloto para demonstrar, fazer seminários, convidar outros órgãos públicos, mostrar a eficácia e aos poucos isso se torna uma diretriz. O importante é: a inovação em si, em grande parte, tem que ser buscada lá fora [no setor privado]”, diz o analista de infraestrutura do Ministério do Planejamento.

Para Ribeiro, a busca pela eficiência se difere nas esferas público e privada. “O setor público pode ter mais eficiência, mas não necessariamente virá com a mesma visão do setor privado, de ganhos de escala, reduzir estruturas administrativas e quantidade de recursos que são empregados para entregar certo produto”, explica o coordenador de Social Impact Bonds da Sitawi* Finanças do Bem. Ainda de acordo com Ribeiro, a eficiência no setor público se caracteriza pelo impacto social de determinada política ou empreendimento, uma vez que se lida com problemas que atingem a sociedade.

“Eficiência é poder atender a população de uma forma ainda melhor, ter um novo elemento nessa equação, que não é o financeiro, é o impacto social, impacto na qualidade de vida, na autonomia, na redução dos riscos sociais. De alguma forma, identificar e implementar soluções que vão tornar o sistema como um todo mais eficiente”, completa Ribeiro.

Rafaela diz que enquanto eficiência está associada no setor privado ao aumento dos lucros, o setor público precisa se preocupar com a qualidade de vida do cidadão, mas não com medidas que possam prejudicar a sociedade a médio ou longo prazo. “Tem que entregar o melhor de acordo com o recurso que se tem. O setor público tem que sempre buscar realizar uma gestão eficiente”, afirma a mestre em Engenharia de Transportes e em Gestão Pública.

No debate, os especialistas também comentam soluções inovadoras que nasceram dentro do Estado e como promover ações que possibilitem o surgimento de novas iniciativas na gestão pública.

ENTREVISTADOS

CONTEÚDOS RELACIONADOS

Entrevista

Regulação pode conter os perigos das plataformas digitais e da Inteligência Artificial 

Jornalista Eugênio Bucci discute o fenômeno da desinformação na era das novas tecnologias

ver em detalhes
Entrevista

Será preciso buscar soluções para amenizar a ausência dos Estados Unidos nos acordos climáticos 

O sociólogo Sérgio Abranches comenta os dilemas socioambientais no Brasil e no mundo

ver em detalhes
Entrevista

Insegurança jurídica é obstáculo para desenvolvimento ‘verde’

Brasil pode ser um grande responsável pela segurança energética do mundo, mas esbarra em entraves regulatórios, avalia Adriano Pires, do CBIE

ver em detalhes

Quer mais embasamento nas suas discussões? Siga, compartilhe nossos cortes e participe do debate!

Acompanhe nossos posts no LinkedIn e fique por dentro
das ideias que estão moldando o debate público.