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Resiliência e capacidade de repensar estratégias estão no DNA do empreendedor brasileiro

DEBATEDORES | André Mercadante Américo Fernanda Teich

Quais são os principais diferenciais do empreendedor brasileiro? Para Fernanda Teich, head de Gente da Stone, o povo brasileiro está tão acostumado a lidar, diariamente, com problemas das mais diversas esferas que a adaptação, o jogo de cintura, a flexibilidade e a redefinição de estratégias são características enraizadas. “Nós conseguimos avaliar um problema por várias óticas diferentes. Somos também um povo que gosta muito de trabalhar. Essa combinação é poderosa.”

Fernanda participou de um debate ao lado de André Mercadante Américo, diretor de Rede, Planejamento Estratégico, Gestão de Receitas e Alianças da Azul Linhas Aéreas, promovido pelo Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, em parceria com a BRASA em Casa, a maior associação de brasileiros estudantes no exterior.

Um dos temas do bate-papo foi o fato de que, em um país com as dimensões do Brasil e tantas demandas em busca de solução, o empreendedor brasileiro tem algumas condições que tornam esse ambiente distinto. “O maior potencial de ganho que temos ao estarmos inseridos no nosso contexto único é que somos uma nação de muitas oportunidades. Cada um dos problemas dos quais reclamamos no dia a dia são, na verdade, uma chance de concretizar uma entrega melhor. No cenário macro, também testamos muitas coisas. A nossa natureza é de altos e baixos, então, somos especialistas em nos adaptarmos às situações e tirar o melhor proveito delas. Está no nosso DNA”, afirma Américo. “Como as respostas às perguntas do empreendedor nem sempre são exatas e assertivas, os diferenciais da intuição, do ‘arriscar’, do se propor a errar e da resiliência são valiosos. Já entendemos que, com inovação e empreendedorismo, 99% do tempo é errar e aprender com os erros.”

Segundo Fernanda, as condições de empreendedorismo no Brasil também têm características distintas, como a quantidade de pessoas com potencial de empreender e instituições voltadas a fomentar isso, bem como menor concorrência em comparação a nações mais desenvolvidas. “Quando você se propõe a resolver um problema nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de uma dúzia de empresas que já conseguiram captar recurso e estão bem mais adiantadas. Aqui, há espaço para ‘nadar de braçada’. Temos oportunidades, gente competente e espaço para crescer.”

Um dos focos da conversa foi a respeito de como um empreendedor pode mapear os recursos e oportunidades necessários para dar o pontapé inicial. Américo pondera que “a análise não se trata apenas do aspecto comercial, mas dos fundamentos de cada um dos locais prospectados. Certamente, isso também envolve o palpite, o feeling comercial e o mapeamento, com dados para análises socioeconômicas”, argumenta.

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