ESG na prática: governança corporativa deve partir de uma comunicação clara e da revisão dos valores nas empresas
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Há um princípio que pode ser aplicado a qualquer tipo de negócio: em algum momento, será fundamental revisar a política interna de integridade – os pilares e valores corporativos –, avaliar como estes propósitos se conectam à sociedade e, ainda, entender se estão construídos em uma base de respeito.
Este trabalho é fundamental para se identificar os valores, dentro da corporação, que devem ser reforçados e os que não são mais tolerados, defende Sofia Trombetta, diretora de Pessoas, Saúde e Bem-estar na Arcelor Mittal, siderúrgica centenária do ramo de aço.
“Trata-se de um processo de governança que identifique os valores que reflitam, de fato, um jeito de ser; mas também de um trabalho com transparência e com uma comunicação muito clara em relação ao que é (ou não) tolerado [em termos de comportamento]”, explica Sofia, em entrevista ao Canal UM BRASIL – uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O bate-papo foi gravado em parceria com o 8º Encontro Internacional Pela Felicidade e Bem-Estar (Global Meeting for Happiness), realizado no fim de agosto, em Belo Horizonte (MG), pelo Instituto Movimento Pela Felicidade.
Na conversa, Sofia também avalia o processo de reconhecimento de inovação do quadro laboral da Arcelor Mittal, que passou a premiar, anualmente, os funcionários que, de alguma forma, conseguiram “desafiar” e repensar os processos de produção.
“Isso pode partir, por exemplo, de um operador de forno de uma de nossas plantas, que, com um pensamento disruptivo, conseguiu enxergar uma nova oportunidade”, explica. “Inovação não é apenas tecnológica, é ‘fazer diferente’, pois não dá para sempre ter bons resultados se fizermos as coisas sempre da mesma forma. Inovar é reconhecer uma maneira nova de trazer resultados melhores e alavancadores”, reforça.
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