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Educação precisa acompanhar revolução tecnológica 

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Publicado em: 30 de maio de 2025

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

André Rocha

EM POUCAS PALAVRAS...

O que você vai encontrar nesta entrevista?

  • Em tempos de Inteligência Artificial (IA), os modelos de ensino atuais precisam levar em conta ferramentas tecnológicas como YouTube e ChatGPT, afirma Pedro Santa-Clara, diretor do TUMO Portugal.
  • Ele defende o uso das novas tecnologias para desenvolver modelos de aprendizagem personalizados para cada aluno, de acordo com ritmos e interesses.
  • Na sua opinião, o que vai diferenciar os funcionários “humanos” dos robôs é a própria humanidade.
  • Na economia, o empreendedor social avalia que o excesso de regulação econômica prejudica o desenvolvimento português.

A educação precisa acompanhar a revolução tecnológica em curso, ressalta Pedro Santa-Clara, diretor do TUMO Portugal, professor catedrático de Finanças na NOVA School of Business and Economics (NOVA SBE) e empreendedor social. 

Para ele, ferramentas como o ChatGPT e outras plataformas digitais devem ser consideradas “players na educação”. “A IA permite desenvolver experiências de aprendizagem muito mais ricas do que a escola tradicional”, completa Santa-Clara. 

Em entrevista à Revista Problemas Brasileiros e ao Canal UM BRASIL — ambas realizações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, o professor fala sobre a necessidade de mudança no modelo de ensino. Na economia, ele comenta a estagnação do desenvolvimento português. 

Ensino deve se transformar 

Defasagem. Santa-Clara frisa que a sociedade ainda segue um modelo educacional que remete à época da Revolução Industrial, quando havia a necessidade de formar números muito grandes de pessoas e prepará-las para trabalhar nas fábricas. É nesse período que surge a ideia da “educação universal”, explica. 

Modelo (quase) industrial. “Todo este modelo de organização por turmas, por anos, de levar um grupo de 30 alunos de sala em sala para aprender todos a mesma coisa, no mesmo ritmo, da mesma forma, é quase industrial”, reflete. 

Novas necessidades. A sociedade já não é mais a mesma do século 18. Com isso, as necessidades também são muito diferentes. “Já não precisamos que toda a gente aprenda a mesma coisa. E temos de perceber que as pessoas não aprendem no mesmo ritmo, não são motivadas da mesma forma”, afirma. 

Novos ‘players’ na educação 

Concorrentes. Na opinião do professor, a educação precisa acompanhar o ritmo da revolução tecnológica. “Se formos perguntar a uma universidade, eles não pensam no YouTube como um concorrente, mas é”, afirma. 

Inovações. A tecnologia possibilita, cada vez mais, “desenvolver modelos de aprendizagem personalizados, permitindo que cada aluno aprenda no seu ritmo, de acordo com os seus interesses”, garante. “Podemos parametrizar o ChatGPT para apoiar o aluno, guiá-lo sem dar a resposta, estimular a curiosidade e permitir que as pessoas vão tão longe quanto são capazes”, completa. 

Humanidade. Por outro lado, Santa-Clara acredita que, em tempos de IA, o que vai diferenciar os funcionários “humanos” dos robôs é a própria humanidade. “Os jovens de hoje vão ter como colegas de trabalho robôs, e o que os vai diferenciar serão justamente as competências humanas desenvolvidas”, explica.

Regulação econômica prejudica Portugal 

Excessivamente regulada. Ainda na opinião de Santa-Clara, Portugal sofre com o excesso de regulações econômicas. “Temos liberdade em muitas áreas, mas o peso do Estado acaba por ser quase sufocante na vida do país e tem levado a um crescimento econômico medíocre, o que é duro, numa nação que ainda é relativamente pobre em comparação com o resto da Europa”, avalia .

Saída. Na sua opinião, é preciso dar “mais liberdade para as pessoas”, o que significa, na prática, reduzir o peso estatal e, consequentemente, dos impostos e da regulação. “Quando diminuímos todos os custos de funcionamento, como a Justiça, é a ação individual das pessoas e das empresas que vai levar a um resultado muito melhor para o coletivo”, defende. 

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