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Economia e Negócios

Banco de bolso: digitalização já determina dinâmica desse mercado

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Publicado em: 6 de março de 2020

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O sistema bancário tradicional precisa possibilitar experiências totalmente digitais aos clientes e entender que, atualmente, ter o banco no bolso é muito mais conveniente, pois as pessoas não precisam mais de um banco, elas precisam apenas de serviços bancários – como pagar, receber, fazer um investimento e contratar um crédito. Essa ponderação a respeito da necessidade de modernização dos bancos foi feita pela diretora-executiva do banco digital BS2, Juliana Guimarães, em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP.

“Hoje, nós consumimos produtos e serviços de forma digital. Por que não levar isso para a vida financeira das pessoas? O banco, como instituição, nunca foi querido pelas pessoas. Em linhas gerais, não são instituições benquistas e, muitas vezes, trabalham com morosidade, com filas e com tarifas não tão transparentes e dispendiosas”, pontua.

Na entrevista, a diretora do BS2 explica que a digitalização é mais do que uma tendência do mercado financeiro, já é uma mudança comportamental do consumidor, e isso está criando uma dinâmica no mercado a ponto de fazer com que bancos tradicionais se movimentem e aprimorem os canais digitais para poderem competir em condições de igualdade com bancos digitais e fintechs, no sentido de criar experiências para os clientes por meio de ferramentas tecnológicas – a experiência de ter todos os serviços bancários disponíveis instantaneamente.

Outro ponto que comenta é o de que realizar educação financeira no Brasil é um trabalho desafiador, principalmente quanto à eficiência na comunicação com a população a respeito de assuntos financeiros.

“O Brasil é o país com um dos menores índices de poupança do mundo. Há uma pesquisa da Anbima [associação dos mercados de capitais] tentando entender por que o brasileiro poupa tão pouco. A primeira resposta que nos vem à cabeça é que isso acontece porque elas ganham pouco. Mas essa pesquisa chegou à conclusão de que as pessoas poupam pouco no Brasil porque os agentes financeiros se comunicam de uma forma pouco sedutora e convidativa, que não desperta essas pessoas para a importância disso”, pondera.

Ela contextualiza esse ponto ao comentar que muitos agentes do mercado tentam ensinar pessoas leigas a poupar por causa de “X% do CDI ou da Selic”, o que não surte efeito, analisa. “É uma linguagem realmente muito pouco sedutora.”

Ciclo sustentável de crescimento

Ao pôr em perspectiva a conjuntura do Brasil, Juliana ressalta que o caminho para a desburocratização do País será por meio do andamento de reformas estruturais – como a Trabalhista e a Tributária –, de mais seriedade nos contratos e do cumprimento do que está estabelecido em regra. “Se formos por esse caminho de segurança jurídica e da desburocratização dos processos, isto é, uma redução do alto custo Brasil, será benéfico para todo mundo, já que isso melhora o nível de serviço e tende a reduzir os custos”, conclui.

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