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Educação e Cultura

set 11, 2018

Períodos de crise são oportunidades para aprimorar educação

Períodos de crises política e econômica se transformam em uma oportunidade para que os problemas no sistema educacional sejam discutidos. Esse debate leva à melhoria da educação na medida em que são definidas suas prioridades.

Em encontro promovido pelo UM BRASIL, o matemático e ex-ministro da Educação português Nuno Crato deu como exemplo a reforma feita em Portugal em meio à grande crise econômica que atingiu a Europa entre 2011 e 2015. Como consequência, o abandono escolar baixou de 25% para em 3,7% no período e as taxas de reprovação caíram. “Nós pudemos ajudar os professores a serem exigentes com seus alunos. Estabelecemos metas mais avançadas e tentamos ter bons manuais escolares”, lembra.

Para a diretora escolar Adriane Gallo Alcantara da Silva, o foco deve ser “assegurar o direito a uma boa aprendizagem aos alunos, porque eles são o futuro do País”.

O docente Di Gianne de Oliveira Nunes aponta a necessidade de se reavaliar a questão da formação dos professores: “Tem muita gente que escolhe o magistério, que escolhe a licenciatura, porque é a faculdade mais barata e mais próxima. Tem gente que escolhe Pedagogia porque gosta de criança. E não é por aí. Tem de ter uma vocação. Por isso, o estágio é muito importante.”

A presidente do conselho do Instituto Península, Ana Maria Diniz, enxerga que a falta de valorização do professor é prejudicial ao ensino como um todo. Ela entende que o professor é uma peça-chave da sociedade e que a formação desse profissional deveria ser mais focada na prática. “É fundamental para o país que quer crescer valorizar os professores, porque eles formam todas as futuras gerações”, defende.

Resultados

O acesso a uma boa educação reflete na vida dos alunos de forma profunda e pode mudar os caminhos trilhados pelos estudantes. “Muito mais que acesso a saúde, educação e segurança, [a diferença entre a escola que frequentei na periferia de São Paulo e no centro da cidade era] o tamanho de possibilidades e oportunidades que uma pessoa tinha. E o que transformou a minha vida foi a educação”, afirma Tábata Amaral de Pontes.

O fundador e presidente do Instituto Brasil 21, Pedro Henrique de Cristo, ressalta que evidências científicas comprovam que incentivos fazem com que os talentos possam florescer e brilhar no Brasil. “Não se deve acreditar apenas no esforço individual para a transformação do contexto”, diz.

Para o economista e consultor educacional Daniel José de Oliveira, esforço e oportunidade são pontos complementares para mudar a realidade da educação no País: “O esforço e a persistência é que vão determinar o que você vai ser na vida”.

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