Burocracia desvia empreendedores do sonho do negócio próprio
Em função do excesso de burocracia, do complexo sistema tributário e da rigidez da legislação, o Brasil é conhecido como um país avesso ao empreendedorismo. Não à toa, potenciais empreendedores abdicam do sonho de abrir um negócio próprio por uma vida profissional que possa garantir mais estabilidade. Contudo, dois dos mais famosos empresários brasileiros ponderam que há, sim, espaço para empreender no País.
Com 14 empresas em território nacional, o fundador da rede de ensino de idiomas Wizard, Carlos Wizard Martins, comenta que o sucesso empresarial depende bastante da prestação de serviço, que, no Brasil, costuma ser de baixa qualidade. “O empreendedor que se predispuser a montar um negócio e tiver como estratégia o bom atendimento do cliente já tem um diferencial muito forte perante a concorrência”, sinaliza.
Segundo ele, caso o empreendedor não seja bom na área de vendas, deve procurar profissionais para auxiliá-lo nessa tarefa. “Essa é uma pergunta recorrente: ‘E se eu não tenho esse talento?’ Tudo bem, você vai focar naquilo que é sua competência, mas precisa ter ao seu lado profissionais competentes e qualificados que vão assumir essa tarefa importante, porque ninguém jamais fez algo grandioso sozinho”, afirma.
“Todos aqueles que venceram foram capazes de se cercarem de profissionais competentes e qualificados. Então, você precisa formar um time de campeões”, complementa.
O fundador da escola de idiomas Wise Up, Flávio Augusto da Silva, conclama potenciais empreendedores a não renunciar ao sonho do negócio próprio. Segundo ele, apesar de todas as contradições, vale a pena investir no setor produtivo brasileiro.
“O Brasil é um mercado extraordinário, com consumidores ávidos por produtos de qualidade, com gente talentosa disponível e a fim de fazer acontecer e de mudar de vida. São ingredientes que me fazem afirmar que vale a pena empreender em nosso País”, declara.
Segundo Silva, é preciso se esforçar para tornar o ambiente de negócios mais propício. “O que o empresário pode fazer é se envolver mais no sentido de tentar mudar as regras do jogo e ter uma visão mais ampla para não ficar numa posição medíocre e limitada de defender os seus próprios interesses”, pontua.
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