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ESG

Agenda ESG: desafios são grandes apesar do crescente interesse das empresas

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Fecomercio-SP
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Publicado em: 23 de fevereiro de 2022

Sustentabilidade virou tema recorrente nas reuniões empresariais. Inclusive, o CEO da gestora de ativos BlackRock no Brasil, Carlos Takahashi, afirma, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, que o assunto ficou em evidência mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19.

“Parece que, definitivamente, o mercado financeiro entendeu a sua responsabilidade e está assumindo um papel de enorme relevância para promover esta agenda. Então, ainda que tenhamos controvérsias quanto às manifestações vindas do lado público, o setor privado está tomando a frente da agenda, o que é muito positivo para o País”, reitera.

Este protagonismo, para Luiz Maia, consultor sênior da GBS Finance e coordenador do Comitê ESG da FecomercioSP, é um caminho sem volta, porque se entende que o papel da empresa não é somente o de gerar lucro financeiro. “[A partir disso], a própria sociedade irá julgar se vale a pena continuar utilizando produtos e serviços de determinada companhia”, diz ele, à frente do comitê focado em engajar e apoiar as empresas a produzir conhecimento e métricas, levar pleitos empresariais ao Poder Público e, também, tangibilizar medidas ESG a negócios de todos os portes.

Rachel Maia, CEO da RM Consulting – consultoria especialista em diversidade e inclusão – e autora do livro Meu caminho até a cadeira número 1, concorda que o mercado e os consumidores vão avaliar a atuação das empresas no que diz respeito à sustentabilidade, assim como aos requisitos adotados na área social, tão debatida dentro do conceito de ESG, sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e de governança, em português).

“Não dá mais para se ter uma mesa de negociação que não conte com nenhuma mulher. Esta cota se trata da criação de um porcentual [de diversidade]. Se há dez cadeiras, então, a empresa precisa separar duas e ir ampliando nos anos seguintes, com um plano de longo prazo”, enfatiza. “As metas precisam ser agressivas [neste sentido]”, conclui.

Apesar de determinados setores estarem avançando na pauta social, outros ainda não assimilaram os reais motivos para revisar os modelos de negócio, como o sistema financeiro, setor responsável por impulsionar os investimentos na economia. A observação é de Luana Ozemela, fundadora e CEO da Dima Consult, empresa especializada em desenvolvimentos econômico e social baseada no Catar.

“As interpretações do que são sustentabilidade e ESG não estão uniformes. Então, cada um abraça o que é mais fácil de fazer, o que pode dar mais visibilidade. E, realmente, um dos temas mais relegados, mais aquém, é o ‘S’ do ESG – o tema social, de diversidade, equidade, inclusão e pertencimento. São todas estas palavras, não é só diversidade”, explica Luana.

Esta alteração será efetiva caso as empresas que abraçam a diversidade mudem a mentalidade dos profissionais responsáveis pelo recrutamento dos funcionários, segundo alerta Christiane Silva Pinto, gerente de Marketing do Google Brasil e fundadora do comitê AfroGooglers.

“Não basta pensar apenas na contratação, porque, senão, vamos ver estes profissionais entrando nas nossas empresas, tendo grandes dificuldades de desenvolvimento e, às vezes, saindo até mais vulneráveis do que entraram, em quadros de depressão e ansiedade”, salienta.

Daniela Weitmann, executiva de negócios e chefe do Departamento Digital da DLL, empresa holandesa do ramo financeiro, ainda ressalta a necessidade de criar ambientes onde mulheres, negros e pessoas de perfis distintos se sintam representadas pelas lideranças e possam almejar chegar a estas posições. É uma obrigação de todos, especialmente daqueles que atingiram cargos mais elevados. “Isso é muito importante para conseguirmos mudar a meta [de diversidade]. Quando vemos talentos que tenham vontade e capacidade, é só ajudar a voar”, acrescenta.

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