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Política

Brasil é parceiro estratégico para Israel na América do Sul

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Publicado em: 9 de abril de 2021

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

Jaime Spitzcovsky

Há oportunidades promissoras para acordos entre os Estados e municípios brasileiros e Israel, nação que se destaca pelo grande potencial de desenvolvimento tecnológico e por ser um “berço” de startups e um polo de inovação, almejado por empresas já estabelecidas no mundo, pondera o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP. O País é, atualmente, o maior parceiro econômico-comercial de Israel na América Latina, ele ressalta.

“Já começamos isso com os Estados que têm ecossistemas de inovação, como São Paulo, e até mesmo com municípios. Não queremos manter apenas no nível federal. Uma das iniciativas que queremos realizar é a de trazer startups para projetos-piloto aqui, no Brasil, com empresas locais, com o apoio do governo israelense. Queremos ainda ampliar os acordos locais que já temos”, destaca.

Ele também explica como se dá a transferência de tecnologia daquele país para o Brasil. “Uma startup ou empresa pequena não pode simplesmente fazer uma mudança [de localidade] e começar do nada aqui. Então, nós buscamos ‘âncoras’ para trazer a tecnologia das empresas de Israel para cá e fazer o scale-up”. Ele também comenta que já há investimentos em tecnologia por parte de grandes empresas israelenses no Brasil em diversas áreas.

“Se Israel é uma startup nation, o Brasil é uma scale-up nation, com habilidade de crescer muito [em produtos e serviços no mercado]. Nós não temos a capacidade de fabricar e de exportar como o Brasil, ou até mesmo de mão de obra. Nosso objetivo é trazer startups já com parcerias com empresas grandes, sejam oficiais, sejam projeto-piloto. Israel é também um centro de desenvolvimento de pesquisas para grandes empresas. Queremos que os negócios brasileiros possam aproveitar este ecossistema. As companhias nacionais podem ser enormes, mas sem sair para outros países; então, almejamos trazer a elas soluções tecnológicas que já existam e que possam ajudá-las a crescer sem investimentos altos”, enfatiza Lavi.

Quanto ao reconhecido status de nação oportuna às startups que Israel mantém, Lavi comenta que isso ocorre em razão das condições políticas e geográficas, além do apoio institucional do Estado. “Não temos água, não temos petróleo, os recursos naturais são bem limitados e também estamos em uma região complicada, com alguns inimigos, então, precisamos investir muito em defesa – e quase não temos relações comerciais com os nossos vizinhos. Tudo isso cria necessidades grandes em muitas áreas e nos pressiona a criar e inovar, pois, sem isso, não podemos sobreviver. Além disso, a ciência e a educação são muito importantes para Israel, e as políticas públicas nos apoiam neste processo [de inovação contínua]”, conclui.

Assista a entrevista na íntegra e se inscreva no   canal UM BRASIL.

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