A desigualdade econômica está presente em todos os países do mundo, e seus efeitos estão expostos na miséria, no desemprego e em outras mazelas. A maneira como ela impacta a vida dos brasileiros foi tema de discussão de entrevistas do UM BRASIL.
Na análise do presidente da Foundation for Economic Education (FEE), Lawrence Reed, a desigualdade econômica gerada por aqueles que usam suas conexões no governo para conseguir vantagens, proteção e subsídios é uma barreira que impede o progresso econômico de muitas pessoas. Na conversa com o canal, ele diz que quanto mais uma sociedade segue no caminho do favoritismo, maior será a desigualdade.
“Eu acho que as pessoas precisam reaprender a diferença entre privilégios e direitos. Direitos são coisas que vêm para você em virtude do seu nascimento, por você ser um indivíduo único, soberano e independente. O privilégio não é um direito; é algo que pode ser um favor especial só para você, talvez por causa de alguma conexão política que fez”, completa.
Para a diretora do Centro de Estudos da Metrópole e professora de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Marta Arretche, a desigualdade no País é uma combinação de fatores relacionados a políticas públicas e aspectos externos.
Marta ainda destaca que os municípios têm a oportunidade de reduzir as desigualdades quanto aos serviços, pois têm responsabilidade sobre todas as políticas relacionadas ao bem-estar dos cidadãos, como escola, habitação e saúde, entre outros.
“A autonomia para decidir sobre a política é limitadas pela regulação federal, mas o município pode escolher onde vai gastar – se na periferia ou no centro, por exemplo –, e isso afeta muito em termos de desigualdade.”