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Jovens lideranças apontam necessidade de renovação da política nacional

DEBATEDORES | Nádia Leão Tábata Amaral de Pontes Lígia Stocche Barbosa

Iniciativa de jovens lideranças de diversas regiões do País, o Movimento Acredito se diz crítico da polarização política que há atualmente no Brasil e se propõe a participar promovendo um debate público qualificado com o objetivo de renovar a política nacional. Em entrevista ao UM BRASIL, quatro membros do movimento apresentam os princípios, objetivos e estratégias de atuação do grupo que ajudaram a fundar.

“Não acreditamos que fazer política do jeito que fazemos hoje, apenas com as pessoas que estão lá, vai resolver os problemas do Brasil. As pessoas que estão lá, por mais que sejam muito boas, estão acostumadas a fazer política, a ver o Brasil de um jeito, e a representar interesses bem determinados”, diz Tabata Amaral de Pontes, membro do Acredito e cofundadora do Movimento Mapa Educação.

“Se não tivermos uma oxigenação com novas pessoas, novas práticas e novas causas é muito difícil sairmos da situação em que estamos hoje. Essa é a principal descrença que motiva o Acredito”, completa Tabata.

Autointitulado de movimento progressista, o grupo espera promover a mobilização social para ampliar a participação dos jovens e divulgar conteúdo para enriquecer o debate público. Além disso, o movimento planeja apoiar 30 candidatos a deputado estadual ou federal que nunca tiveram mandato nas eleições de 2018.

“Queremos propor lideranças que estejam dispostas a participar de um bom debate que realmente procure resolver os problemas do Brasil sem se apegar a essa parte extrema, de que ‘eu me posiciono de determinada maneira e não me interessa se os fatos me mostram o contrário’”, afirma Bruno Santos, membro do Acredito e cofundador do ProjetoBrasil.org.

Segundo os fundadores do Acredito, os candidatos que receberão apoio serão aqueles que defendam os mesmos valores que o grupo. Dessa maneira, não haverá apoio a partidos, mas sim a indivíduos.

“Não queremos de maneira nenhuma nos ausentar de nos posicionar. Ao contrário disso, só queremos debater com profundidade para ter um posicionamento baseado em evidências e pensando sempre no que é melhor para o futuro do País e dos cidadãos”, diz Lígia Stocche Barbosa, membro do Acredito e cofundadora do Movimento Mapa Educação.

Na mesma linha, a engenheira Nádia Leão diz que o movimento deve entrar nas discussões de pautas decisivas sobre o futuro do Brasil, como a reforma da Previdência. Contudo, a intenção, inicialmente, é debater com profundidade os assuntos antes de apresentar uma posição definitiva.

“Precisamos ter muita cautela e trabalhar com fatos e evidências para nos posicionar sobre essas grandes pautas”, ressalta a também fundadora do Acredito. A entrevista faz parte da série “Diálogos que Conectam”, realizada pelo UM BRASIL em parceria com a Brazil Conference – evento realizado anualmente por alunos brasileiros da Harvard University e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

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