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Economia e Negócios

“Microcrédito é prioritário, pois dá suporte à agricultura familiar”, diz o economista Marcos Holanda

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Publicado em: 21 de abril de 2016

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Maria Cristina Poli

Um setor privado forte depende também de um setor público eficiente e competitivo. Essa é a opinião de Marcos Holanda, presidente do Banco do Nordeste (BNB), a maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América Latina.

Em suas mãos, um desafio: desenvolver o Nordeste, que para ele, é uma das regiões brasileiras com maior potencial econômico. Apesar de sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) ainda ser pequena – média de 13% ao ano, em quase cinco décadas – o economista elogia o local.

“Ainda existe muita pobreza, mas também grandes polos.” Durante entrevista à plataforma UM BRASIL, Holanda falou sobre o papel principal do BNB, que é apoiar o micro e pequeno produtor e empreendedor por meio de crédito e projetos competitivos, mesmo que de menor porte.

“Somos um banco de desenvolvimento e atendemos clientes pelos quais o mercado, normalmente, não tem interesse por serem de maior risco. Nossa missão é chegar às famílias e empresas que precisam.” Com quase dois milhões de clientes, o banco aplica R$ 9 bilhões no microcrédito. Diariamente, realiza 16 mil operações bancárias desse tipo.

“Ofertar créditos aos mais pobres é uma atividade de alto risco, porém hoje, temos maior segurança. Holanda explica que um dos segredos do microcrédito do Banco do Nordeste está associado ao crédito solidário, modelo implementado em países como a Índia, e que visa à redução da inadimplência. “Forma-se um grupo, com um líder, que solicita o dinheiro para membros individuais. A garantia do crédito é dada pela própria comunidade. Quando os integrantes utilizam o microcrédito, o banco deixa de fazer cobranças individuais, mas sim em grupo. Os componentes, por solidariedade, deverão honrar o compromisso com o banco em conjunto.”

Mesmo em tempos de turbulências econômicas, Holanda garante que a inadimplência não chegou ao microcrédito. O economista entende que o banco deve ser um “colchão de liquidez”, principalmente para projetos com maior impacto. “O microcrédito é uma atividade prioritária, pois dá suporte à agricultura familiar, além de estar presente nos grandes empreendimentos industriais e comerciais, em que a dinâmica econômica e a geração de renda são muito importantes.”

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