UM BRASIL UM BRASIL MENU conheça o um brasil
Voltar
ANTERIOR PRÓXIMO
 
Educação e Cultura

Ao ignorar desigualdade, só se atribui fracasso a aluno ou professor

Publicado em: 9 de julho de 2020

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

Erica Fraga

O Brasil começou tarde em seu esforço para garantir que a educação seja um direito e que seja para todos, segundo a diretora da Fundação SM Brasil, Maria do Pilar Lacerda. “Entre o fim do século 20 e início do 21, o Brasil passou a fazer isso, mas é algo que muitos países da América Latina, e outros da América como um todo, já faziam desde os séculos 18 e 19 e durante todo o século 20”, pontua a professora e especialista em gestão educacional em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP.

“Nós só passamos a ter um marco legal garantindo a educação como direito universal e indiscutível na Constituição de 1988, apesar de toda a luta de Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Cecília Meireles e de um grupo grande de intelectuais, desde o início do século 20”, comenta Pilar.

Ela ressalta que é essencial avaliar como chegamos a tal ponto a com base na perspectiva histórica de um país que foi escravocrata e que teve uma elite econômica que não foi necessariamente intelectual. “A escola pública recebe o resultado dessa história”, pontua. “[Sem que seja considerada a perspectiva histórica do Brasil], o debate sobre a importância da escola pública acaba caindo em um pensamento perigoso de que ‘quando a educação básica for boa, então, nossos problemas acabaram’. Não é bem assim”, afirma.

“Se a gente não entende a desigualdade brasileira, vamos responsabilizar, por todo o problema do fracasso, ou o aluno, ou o professor. Em países com enorme desigualdade de renda, como o nosso, isso é muito forte dentro da escola”, avalia.

Esse debate faz parte da série de entrevistas sobre educação realizadas pelo UM BRASIL e exibidas com exclusividade pelo Canal Futura desde abril de 2020.

Assista na íntegra! Inscreva-se no canal   UM BRASIL.

ENTREVISTADOS

CONTEÚDOS RELACIONADOS

Entrevista

Bioeconomia desafia cultura das commodities no Brasil

Joanna Martins, sócia-fundadora da Manioca e diretora-executiva do Instituto Paulo Martins, defende que o País deve aprender a transformar recursos em valor

ver em detalhes
Entrevista

Os legados histórico e cultural de D. Pedro II

Historiador Leandro Garcia comenta relação do imperador com a literatura e critica atraso no processo de abolição

ver em detalhes
Economia e Negócios

A Amazônia brasileira é um celeiro de soluções e empresas inovadoras

Ilana Minev, presidente do Conselho de Administração da Bemol, fala sobre as oportunidades de empreendedorismo no Norte do País

ver em detalhes

Quer mais embasamento nas suas discussões? Siga, compartilhe nossos cortes e participe do debate!

Acompanhe nossos posts no LinkedIn e fique por dentro
das ideias que estão moldando o debate público.