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Economia e Negócios

Desafio para grandes negócios é inovar em sintonia com as transformações no mundo, mas sem perder o DNA da marca

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Publicado em: 17 de março de 2023

MEDIAÇÃO

Raquel Landim

A despeito do desafio que é manter uma marca consistente e relevante no mercado, há algumas estratégias que possibilitam a inovação nos negócios já consolidados. Para Maria Fernanda Albuquerque, vice-presidente global de Marketing da Havaianas, apesar dos processos de evolução e de aperfeiçoamento, é importante valorizar e manter aquilo que faz sentido existir, ou seja, o que faz parte do DNA da empresa, ao mesmo tempo que se busca a transformação no mundo – e, claro, tudo o que tenha relevância para a sociedade.

“[Na Havaianas], é isso que estamos buscando. Estamos dentro do metaverso, com ações específicas de gaming, por exemplo. De uma forma ou de outra, mantém-se o DNA da marca, mas adicionamos estas novas camadas que trazem novos pontos de contato e diferentes formas de conversar com os públicos mais e menos jovens”, pondera Maria, na terceira e última entrevista da série especial do Mês da Mulher, comandada pela jornalista Raquel Landim, do Canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Outro ponto citado pela executiva é a necessidade de reinvenção da marca “Brasil” para além dos estereótipos culturais clássicos. “Essa marca nos diferencia muito, e o setor privado tem um papel fundamental em melhorar e renovar esta imagem, além de ditar o que vem pela frente. Já passou do tempo de sermos apenas carnaval e futebol. Já até houve uma transição para algo mais ‘florestas’, muito calcada na Amazônia. Mas, hoje, eu vejo além, [precisamos considerar] a relevância das comunidades e das favelas, bem como suas potências criativas – de onde saem novidades e tendências de moda, música e artes. Precisamos levar mais disso para o mundo.”

Com experiência de 12 anos no setor de bebidas, Maria ainda avalia, na entrevista, como esta indústria – tradicionalmente marcada por um marketing machista – tem lidado com a realidade de que mulheres também consomem estes produtos. “É uma categoria que nasceu muito masculina, mas houve uma abertura de público-alvo, tanto para mulheres quanto para o consumo caseiro, isso é uma maturidade. Para mim, ver aquilo [o diálogo apenas com homens] não fazia sentido, pois, no mundo, as mulheres são tão consumidoras de bebidas quanto os homens. Da marca que eu gerenciava, elas eram 50% do volume de consumidores. Aquele marketing não as representava. A gente começou a se perguntar por que a categoria focava apenas nos homens, se as mulheres estavam tão inseridas”, relata.

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