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Economia e Negócios

Defensores das liberdades individuais estão perdendo a guerra

Publicado em: 27 de setembro de 2019

ENTREVISTADOS

MEDIAÇÃO

Thais Herédia

Enquanto perde a luta em defesa das liberdades individuais, o mundo assiste ao recrudescimento dos autoritarismos de direita, liderado por conservadores, e de esquerda, conduzido por socialistas. De acordo com o presidente e diretor-executivo do Ayn Rand Institute, Yaron Brook, embora cada um à sua maneira, ambos têm o mesmo objetivo: controlar a sociedade.

“Em geral, podemos dizer que, no mundo, a causa das liberdades individuais está perdendo a guerra, e é assustador. São tempos assustadores”, afirma Brook, em entrevista ao UM BRASIL, iniciativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada em parceria com o Students For Liberty Brasil. “Creio que nós, que acreditamos no livre-mercado e em liberdade individual, estamos perdendo, basicamente”, complementa.

Para Brook, o Brasil está “sofrendo” nas mãos de políticos controladores assim como todo o Ocidente, porque conservadores “não querem ser radicais, não querem mudar demais e estão viciados no controle”.

“O conservadorismo, por natureza, é uma filosofia de controle. Querem controlar, principalmente nossos valores espirituais e sociais. Essa é a diferença entre a direita e a esquerda. A esquerda acha que tudo é material – [Karl] Marx e o materialismo –, e que o espiritual não importa. Todos podem ser espiritualmente livres, porque isso não importa, mas querem controlar o material. Já a direita acha que o material não importa, e que o espiritual, sim. Querem controlar o espiritual, isto é, nossos valores sociais, e nos deixar fazer o que quisermos com o material”, explica Brook. “Eu acredito que devemos ser livres nos dois lados, porque ambos importam. Quero ser livre social, espiritual e materialmente”, defende.

Especificamente sobre o Brasil, o PhD em Finanças comenta que, para resolver o problema da pobreza, o País precisa seguir em direção ao capitalismo e abdicar de políticas sociais. Segundo ele, o mercado, livre de regulações e impostos, pode gerar empregos capazes de melhorar a vida dos mais vulneráveis.

“Hoje, no Brasil e em todo país que passou por estatismo, socialismo e planejamento centralizado, há uma mentalidade passiva até mesmo entre empresários. Eles acham que as coisas não vão mudar, pois o governo os protege”, avalia. “Quanto mais rápido o País seguir para o capitalismo, melhor”, frisa.

Apesar do desvanecimento da ideologia liberal no poder, Brook aponta que o germe do liberalismo não está morto. “No Brasil, as vozes liberais são novas e jovens. Eu passei bastante tempo com jovens brasileiros. A maioria deles é esquerdista, mas existe uma grande e ativa comunidade pró-livre mercado entre eles. Isso é incomum. Deve haver mais jovens a favor do livre-mercado no Brasil do que nos Estados Unidos”, ressalta.

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