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Economia e Negócios

Agenda de reformas é um teste de maturidade para o Brasil

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Publicado em: 9 de outubro de 2018

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Thais Herédia

O quadro econômico do País é “muito grave” e “desafiador”, de modo que a economia possa ficar comprometida caso medidas equivocadas sejam postas em prática. Contudo, de acordo com a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, hoje, há uma maior maturidade da sociedade para discutir a pauta de reformas.

Em entrevista ao UM BRASIL, em parceria com a Expert XP 2018, a doutora em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) aponta que a tarefa de corrigir os problemas econômicos do País, principalmente a questão fiscal, é de toda a sociedade, e não apenas dos políticos.

Para Zeina, “o lado bom de o dinheiro ter acabado”, em função de o Estado brasileiro registrar déficits orçamentários recorrentes desde 2014, é que o País se vê forçado a avançar na agenda de reformas.

“O que temos pela frente é um teste de maturidade para todos nós, sobre que país a gente vai ter. Tem um lado dessa história de que o dinheiro acabou. Se a gente for olhar, o Brasil só fez grandes reformas em situações de aperto. A julgar pelo passado, acho que há chances de termos boas reformas pela frente, até porque não temos muitas opções”, comenta Zeina.

Nesse sentido, o desafio, segundo ela, é que não se trata de uma pauta politicamente fácil. “A sociedade e os grupos organizados reagem. Aceitam a reforma só se for do outro; aquilo que impactar o meu setor, não”, assegura.

Segundo a economista, está claro que a sociedade brasileira não aceita aumento de carga tributária nem inflação. Com isso, “o espaço para escolhas diminuiu”, só restando uma alternativa para resolver o déficit fiscal, que ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada.

“Nossos jovens foram às ruas protestar contra a tarifa de ônibus [em 2013]. Sem saber, eles estavam protestando contra a inflação. Então, a sociedade não aceita inflação, isso é um avanço institucional. Outra coisa que a sociedade não aceita é aumento da carga tributária. Então, vai ter de cortar gastos”, sintetiza.

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