Unanimidade: indústria 4.0 vai revolucionar a economia
Os especialistas entrevistados pelo UM BRASIL são unânimes: a indústria 4.0 vai transformar completamente a economia. Eles afirmam que as diferentes tecnologias como computação na nuvem e inteligência artificial, podem aumentar a produtividade das empresas, além de aproximá-las do consumidor.
Apesar dessa expectativa, o presidente e CEO da Siemens no Brasil, André Clark, ressalta que muitas empresas nacionais ainda enfrentam problemas básicos de gestão e de qualidade dos produtos. Por isso ele estima que se o País mantiver um ciclo economicamente favorável nos próximos três anos, ainda nesta década, 80% da indústria brasileira esteja adequada à indústria 4.0.
“A indústria 4.0 é o uso das inúmeras ferramentas que já existem para a tomada de decisão e ganho de produtividade. Isso muda o modelo de negócio e aproxima o empresário da realidade do cliente, integra a cadeia de valor e permite planejar o ambiente de manufatura”, afirma o executivo.
Para o chefe de Estudos de Ciência e Tecnologia do Fórum Econômico Mundial, Thomas Philbeck, a intensidade do impacto causado pelo avanço das tecnologias na economia e no mercado de trabalho vai depender da ação de diferentes setores da sociedade.
“Dizer que a quarta Revolução Industrial vai afetar a todos nós de forma igual seria um erro. Da mesma forma que a segunda e a terceira revoluções industriais não afetaram o mundo todo da mesma forma. Acho que os ‘vencedores’ são aqueles que promoverão inclusão, sustentabilidade e diversidade”, salientou.
O gerente-geral para a unidade de Global Technology Services da IBM América do Norte, Rodrigo Kede, acredita que o País precisa investir em empreendedorismo, pois outros países estão mais avançados no quesito inteligência artificial.
“A inteligência artificial vai mudar todas as profissões e todas as indústrias. O Brasil precisa de mais organização e alinhamento entre os setores acadêmico, privado e público para incentivar pesquisas e tecnologia, pois esse é um grande caminho para a produtividade. Para mim, é uma questão de organização e foco”, disse o executivo.
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