Plano Real faz 25 anos e entrevistados comentam sobre a moeda e o País
A adoção de uma política nacional que saneie as contas públicas ou que abra a economia requer “estratégia e persistência”. O método que poderia ser repetido agora para lidar com os problemas econômicos atuais foi o mesmo usado para encarar a hiperinflação com o Plano Real, que completou 25 anos nesta segunda-feira (1º).
A observação foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na época ministro da Fazenda no governo Itamar Franco. “O governo, seja ele qual for, vai ter que enfrentar essas questões para poder ter uma estabilidade de longo prazo”, afirma ele em debate produzido pelo UM BRASIL em dezembro de 2018.
O Plano Real entrou em circulação em 1994 depois da implantação de seis planos emergenciais anteriores – Cruzado 1; Cruzado 2; Bresser; Verão; Collor 1 e Collor 2 – e conseguiu lidar com o monstro da hiperinflação, que consumia o poder de compra do brasileiro.
Na análise do economista Gustavo Franco, que integrou a equipe responsável pela criação e implementação do Plano Real, o País briga para acabar com a dívida pública. “O que tem que fazer agora é jogar as contas para frente, sendo na forma de dívida ou de obrigações previdenciárias que tributam um outro personagem ausente das composições políticas, que são as crianças”, alerta ele no vídeo publicado em março de 2019.
Na análise do professor de Relações Internacionais da Universidade de Harvard Hussein Kalout, o plano Real foi “o único projeto suprapartidário nas últimas duas décadas que funcionou (no Brasil)”.
Outras figuras importantes na criação e implantação do Real estão no roll de entrevistados do UM BRASIL. Entre eles está um dos formuladores do Plano, o economista Edmar Bacha, que enfatizou a necessidade da abertura comercial para o crescimento econômico.
Na gravação com o economista Pedro Malan, presidente do Banco Central em 1994, período de implantação da moeda, ele aponta o consenso como a chave para o País lidar com os desafios fiscais.
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