Mercado internacional exige preparo e fim da proteção ao mercado interno
As empresas nacionais que buscam entrar no mercado internacional precisam investir tempo e se prepararem para ter a estrutura necessária para conseguir exportar com competência. Os benefícios de mais abertura comercial internacional são discutidos por especialistas convidados pelo UM BRASIL.
Em uma das conversas, a CEO da Amcham Brasil, Câmara Americana de Comércio, Deborah Stern Vieitas, afirma que o Brasil precisa ainda se aprimorar para aumentar seu potencial exportador. “Considero que o brasileiro é empreendedor, mas precisamos melhorar as ferramentas para ele ser empreendedor com mais consistência. O tecido de firmas que exporta para a Europa é basicamente constituído por empresas pequenas e médias. Isso mostra como não só as grandes empresas podem ser exportadoras. As PMEs, caso se preparem adequadamente, também poderão acessar outros mercados”, diz.
Segundo a executiva, para isso, as empresas devem cumprir alguns pré-requisitos, como contar com profissionais que tenham domínio de línguas, fazer pesquisas sobre o comércio de seu produto e buscar as informações que não souberem em entidades especializadas. “Quando a empresa quer se dedicar a exportar seriamente, deve-se ter um esforço a médio e longo prazos. É preciso olhar a legislação, estabelecer uma unidade interna que vai ser vigilante sobre o cumprimento da lei e, sobretudo, fazer treinamentos. Para obter sucesso atuando em outros mercados, é necessário não só ter conhecimento da língua, mas da cultura desses países”, explica.
Em outro encontro do UM BRASIL, o diretor-executivo do Banco Mundial, Otaviano Canuto, aponta que, apesar do esforço empresarial, o Brasil é, entre as nações comparáveis, o país mais fechado do mundo na área comercial. Ele acredita que a Nação precisa acabar com a proteção ao mercado interno para que essa expansão ocorra.
Canuto ainda traça um paralelo entre a abertura comercial e o aumento de renda per capita. “Não existe um caso de experiência histórica no mundo, do século 20 para o 21, de país que tenha passado de nível médio para renda alta sem estar integrado comercialmente”, destaca.
CONTEÚDOS RELACIONADOS
Notícias
UM BRASIL leva ao Fórum Mackenzie de Liberdade Econômica debate sobre abertura comercial e desafios do protecionismo
Painel examina como a retração comercial e o populismo afetam o ambiente de negócios na América Latina
ver em detalhes
ESG
Mudanças climáticas e COP30: o Brasil no centro da agenda ambiental global
Tema integra o livro ‘UM BRASIL #11 – Modernização do Estado’, que reúne reflexões sobre sustentabilidade, economia verde e o papel do País na construção de soluções
ver em detalhes
ESG
Presidente do Conselho de Administração da Bemol fala sobre inovação e empreendedorismo na Amazônia
De acordo com llana Minev, o Norte do País é um celeiro de soluções e empresas inovadoras
ver em detalhes