Hábito da leitura encontra obstáculos no Brasil
O hábito da leitura proporciona uma série de benefícios como ampliações do vocabulário e do conhecimento e exercício do senso crítico, além do desenvolvimento da imaginação e da criatividade. Apesar disso, seu avanço encontra obstáculos no Brasil.
Para o presidente do Conselho de Administração da Livraria Cultura, Pedro Herz, a dificuldade das pessoas para ouvir o que o outro tem a dizer é o que mais contribui para que se leia pouco no País. Esse comportamento é um dos responsáveis pela crise enfrentada pela indústria literária.
“Uma coisa que me chama a atenção é a dificuldade de ouvir. Ler é uma atividade solitária, e você precisa ficar calado para ouvir o que o outro está dizendo em uma mídia que não é oral. Ficar em silêncio o tempo que for necessário, focado, ouvindo o que o escritor tem a dizer. Isso requer que você fique calado”, reitera.
Na visão da escritora, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e primeira mulher a ter presidido a instituição, Nélida Piñon, nossa sociedade não tem formação educacional para entender o que é lido. “Teria de haver uma revolução social, no sentido de infundir ânimo por conhecimento nas pessoas – saber torna uma pessoa fascinante”, analisa.
Essa falta de apreço pela cultura em sua forma oficial (como os livros) pode sofrer mudanças por meio da influência dos pais e das escolas brasileiras. “Temos de provar aos jovens brasileiros que, com conhecimento, você se torna uma companhia mais interessante. Você quer a seu lado pessoas que o estimulem a ver o mundo de uma maneira dilatada por meio do viés da imaginação”, conclui Nélida.
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