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Economia e Negócios

Especialistas analisam as mudanças no mercado de trabalho

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Pedro Nery
Pedro NeryJornalista

O número de brasileiros que desistiram de procurar emprego no País chegou a 4,8 milhões de pessoas no segundo trimestre deste ano, considerado o maior contingente de “desalentados” desde 2012, conforme os dados divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as principais razões definidas pelo instituto, estão: não conseguir trabalho adequado; não ter experiência ou qualificação; ser considerado muito jovem ou idoso; e a não existência de trabalho no local em que residia. Ainda segundo a pesquisa do IBGE, falta trabalho para 27,6 milhões de brasileiros.

Esses resultados mostram a necessidade de algumas mudanças em relação ao emprego no País, já abordadas por especialistas entrevistados pelo UM BRASIL.

A legislação que regula o trabalho no Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foi criada na década de 1940 para facilitar a industrialização do País, cuja economia era até então concentrada no setor agrário. “Ela [a CLT] foi muito detalhista em um mundo que não existe mais e partia de uma concepção já ultrapassada naquele momento porque desconsiderava o conflito entre o trabalho e o capital”, explica o economista, professor da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Hélio Zylberstajn.

Segundo Zylberstajn, a Reforma Trabalhista – em vigor desde 11 de novembro de 2017 – não foi feita para criar empregos, mas para tirar inúmeras incertezas e diminuir a insegurança jurídica, o que contribui para uma melhor fluidez do mercado de trabalho.

Além disso, a CLT vai na contramão dos que desejam os jovens talentosos. É o que aponta o vice-presidente de negócios de O Boticário, André Farber: “O mundo atual é o mundo dos talentos, onde as pessoas querem liberdade, onde elas querem trabalhar a hora que puderem, de onde quiserem, com flexibilidade. Os talentos exigem isso, mas, de acordo com a legislação, temos de ter a hora para entrar, a hora para sair, a hora correta do almoço, sem flexibilidade”.

Com o mundo cada vez mais tecnológico, o chefe de Estudos de Ciência e Tecnologia do Fórum Econômico Mundial, Thomas Philbeck, analisa que a quarta revolução industrial é um novo capítulo do desenvolvimento humano, com um conjunto de habilidades que vai permitir que as pessoas colaborem e trabalhem juntas.

“As habilidades são cognitivas no sentido de se poder olhar, questionar, entender e sintetizar informações. Outros tipos de habilidades, como colaboração e formação de equipe, serão muito importantes, pois essas tecnologias não vão funcionar graças à inteligência de uma única pessoa. É necessária toda uma equipe para isso”, conclui.

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